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Autarca “ofendido” na Assembleia Municipal da Chamusca queixa-se da passividade do presidente
Rui Martinho

Autarca “ofendido” na Assembleia Municipal da Chamusca queixa-se da passividade do presidente

Líder da União de Freguesias de Chamusca e Pinheiro Grande diz que se sentiu ofendido por um ex-autarca na assembleia municipal de Dezembro e acusou o presidente desse órgão, Joaquim Garrido, de nem sequer o ter deixado defender a honra.

O actual presidente da União de Freguesias de Chamusca e Pinheiro Grande, Rui Martinho (Coligação PPD/PSD.CDS-PP.MPT), diz que foi ofendido na sessão da Assembleia Municipal da Chamusca de Dezembro de 2017 - no período destinado ao público - pelo ex-presidente da Junta de Freguesia do Pinheiro Grande, o socialista José Augusto Carrinho, perante a passividade do presidente da assembleia municipal, Joaquim Garrido (PS), que não tirou a palavra ao ex-autarca nem permitiu a Rui Martinho intervir depois em defesa da honra.
Na sessão de Dezembro, o ex-autarca do Pinheiro Grande teceu duras críticas ao trabalho do actual presidente dessa freguesia, dizendo que o mesmo foi sempre um autarca ausente, que provavelmente não conhece nenhuma rua no Pinheiro Grande, pois a população nunca o viu por lá no último mandato. Carrinho disse ainda que a limpeza urbana tem sido “uma vergonha” e representa “uma falta de respeito para com os cidadãos”, o que, na sua opinião, denota a “falta de competência” de Rui Martinho.“Estando a freguesia da Chamusca e do Pinheiro Grande com um presidente a tempo inteiro, seria de bom grado que o senhor presidente olhasse para trás e comprasse um retrovisor para ver aquilo que fez no último mandato”, disse ainda o ex-autarca socialista.
Na sessão de Fevereiro, Rui Martinho queixou-se da forma como foi tratado e acusou ainda o presidente da assembleia de permitir o envio da acta e o respectivo registo áudio da sessão de Dezembro ao ex-autarca, a pedido deste, ainda antes de a acta ter sido aprovada pelos eleitos da assembleia municipal. “A diligência foi tão célere e eficiente que até decidiram também enviar o registo áudio da gravação da última assembleia municipal”, adiantou Rui Martinho acrescentando que se tratou de um “precedente gravíssimo”.
Na resposta, Joaquim Garrido referiu que a lei nunca vai cortar a palavra a um munícipe que queira falar. “Estamos numa sessão pública e por isso nunca poderá haver constrangimentos deste nível”, disse, acrescentando que, ainda assim, e como não está isento de algum erro, pediu um parecer à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo que acabou por lhe dar razão e até quase o elogiar pela sua transparência.
Para Rui Martinho, a intervenção de José Augusto Carrinho não foi mais que “uma tentativa de vingança, pois sabia que o seu sucessor não permitiria que se fizesse o mesmo pelo qual foi acusado”. Recorde-se que o Ministério Público moveu um processo contra o ex-autarca do Pinheiro Grande por ter feito um contrato com uma empresa de manutenção de espaços verdes sem cabimentação orçamental e de ter feito os pagamentos sem que estes entrassem nos orçamentos da junta.
Na altura, noticiou O MIRANTE em 12 Janeiro 2017, o Tribunal do Entroncamento condenou-o a pena de prisão de cinco meses, que a juíza entendeu substituir por pena de multa de 1050 euros por se tratar de uma situação pontual da vida do ex-autarca.
“O que se passou aqui na última assembleia municipal foi muito grave”, afirmou o presidente da União de Freguesias de Chamusca e Pinheiro Grande, afirmando que foi violado o regimento desse órgão autárquico. Rui Martinho defende que o presidente da assembleia municipal, Joaquim Garrido, devia ter barrado a palavra a José Augusto Carrinho no período de intervenção do público e tê-lo deixado defender a honra.

Autarca “ofendido” na Assembleia Municipal da Chamusca queixa-se da passividade do presidente

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