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Partiu para a Suécia por amor
Fábio Franco (na foto com a namorada) diz que se identifica com a cultura da Suécia

Partiu para a Suécia por amor

Fábio Franco, de Torres Novas, sente-se em casa no país escandinavo de onde a namorada é natural. Diz que é um país onde funciona a meritocracia e em que o chico-espertismo não tem saída. O pior mesmo são as saudades da família, da gastronomia e do sol portugueses, que vai matando de tempos a tempos.

O amor foi o empurrão que faltava para que Fábio Franco abandona-se a aldeia de Lamarosa, no concelho de Torres Novas, e fosse viver para Estocolmo, capital da Suécia, com a sua namorada sueca, Fanny Westin. Este jovem ribatejano trabalhava como jurista numa empresa de soluções informáticas, em Lisboa, quando conheceu a sua actual namorada através de amigos comuns. Na altura, Fanny trabalhava numa empresa dedicada ao desenvolvimento tecnológico, também em Lisboa. Foi no Verão de 2015, após três anos de namoro, que o casal decidiu abandonar Portugal.
Garante que a sua namorada adorou viver em Portugal - “sentia-se em casa” - mas não gostou da experiência profissional que teve no nosso país. “Ela não gostou da burocracia e da forma como o trabalho era gerido”, admite. Na altura, emigrar para a Suécia parecia ser a melhor opção para a vida do casal, não apenas pelo facto de Fanny ser sueca, mas também porque as perspectivas profissionais pareciam ser mais promissoras.
Eram poucas as palavras que Fábio sabia pronunciar em sueco e por essa razão comunicava em inglês. “Deixei o inglês ao final de um mês”, orgulha-se o jovem, que começou a comunicar usando frases simples em sueco. “Nos primeiros tempos estudei um curso intensivo de línguas dirigido para juristas estrangeiros”, acrescenta.
Quando nada o fazia prever, surgiu a oportunidade de entrar nos quadros do maior banco sueco. Apesar de Fábio ser licenciado em Direito e de nunca ter trabalhado directamente na área do financiamento de empresas, era uma oportunidade que não podia desperdiçar.
Fábio não se arrepende de ter ido viver para o país de origem da namorada pois na Suécia consegue ter um nível de vida melhor do que aquele que teria em Portugal. “Aqui a meritocracia funciona e os suecos não são dados ao chico-espertismo”, garante o ribatejano. Vê o povo sueco como sendo mais solidário que o português e acredita que a grande diferença reside no facto de na Suécia existir “uma verdadeira sociedade democrática, principalmente na formação académica, saúde, justiça e cultura”.
Porém, Fábio admite a existência de alguns aspectos negativos, como é o caso do mercado imobiliário, uma vez que “Estocolmo é uma cidade sobrelotada” e também a instabilidade meteorológica, sendo que a sua maior dificuldade ao início foi adaptar-se ao clima deste país nórdico. Na Suécia, o Inverno é bastante mais rigoroso e escuro. “É raro um dia entre Dezembro e Março que se vislumbre um raio de sol”, diz. O que lhe vai valendo para animar os invernos são os nevões, coisa que raramente se vê no Ribatejo.
Desde que emigrou para a Suécia, já lá vão dois anos, Fábio regressou a Torres Novas seis vezes, para visitar a família, mas mesmo assim não acha o suficiente pois são muitas as saudades que tem do seu país, da sua família, do sol, dos cheiros e da gastronomia. “Sinto falta das sardinhas e do bacalhau”, exclama.
E não é só Fábio que tem saudades de Portugal. A sua namorada também. “Ela tem saudades dos pastéis de nata e do café nas pastelarias de Torres Novas”. Não descarta a possibilidade de um dia voltar a viver no seu país mas garante que na Suécia sente-se em casa. “Identifico-me com a cultura”.

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