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Treinador de andebol do JAC contesta despedimento e exige readmissão
Cheldon Siqueira

Treinador de andebol do JAC contesta despedimento e exige readmissão

Clube de Alcanena prescindiu de jovem técnico após este ter sido submetido a uma cirurgia. Versões das duas partes são contraditórias.

O treinador estagiário de andebol Cheldon Siqueira acusa o Juventude Amizade e Convívio (JAC) de Alcanena de o ter despedido por e-mail, por causa de uma operação que fez ao joelho e que condicionou os treinos que ministrava às equipas femininas de andebol dos escalões de iniciadas e juvenis.
Cheldon Siqueira, de 21 anos, nasceu no Brasil mas veio morar para Alcanena com 7 anos. É guarda-redes de andebol e já passou por equipas como o Sporting, Belenenses, Boa Hora, entre outros. Tem o curso de Treinador Grau I da Associação de Andebol de Lisboa e defendeu também a baliza do SIR 1º de Maio, da Marinha Grande, onde em Novembro de 2017 se lesionou num joelho que o obrigou a uma cirurgia realizada em 22 de Fevereiro.
Em Janeiro de 2018, Eduardo Costa, responsável pela secção de andebol do JAC, convidou Cheldon Siqueira para treinar algumas equipas jovens do clube, ao abrigo de um protocolo de estágios da Federação Portuguesa de Andebol em que o JAC se constitui como entidade de acolhimento.
Eduardo Costa disse a O MIRANTE que Cheldon não informou o JAC de que teria de fazer uma intervenção cirúrgica a meio da época, pondo em causa o sucesso das equipas que treinava, o que levou os dirigentes a optarem pelo seu afastamento esta época, deixando no entanto em aberto um regresso na próxima época.
Cheldon contesta esta posição, diz que avisou o clube de que teria de ser operado ao joelho e que o tempo de afastamento não colocaria em causa o sucesso das equipas. No dia 6 de Março, Eduardo Costa enviou um e-mail a Cheldon, que diz: “Como não é possível falarmos pessoalmente devido ao teu problema de saúde a direcção (..) foi forçada a arranjar uma solução em prol das atletas e aposta no seu sucesso. (…) somos obrigados a prescindir dos teus serviços para o resto da época 2017/2018”. Nesse mesmo dia Cheldon respondeu dizendo que já tinha saído do hospital e que discordava da decisão.
Os dirigentes do JAC de Alcanena Eduardo Costa, Fernando Simões e Paulo Rama disseram a O MIRANTE que o afastamento de Cheldon foi uma opção a pensar nas atletas, que têm idades entre os 13 e os 16 anos, porque a relação destas com o treinador estagiário não era a melhor. Esta situação e a necessidade de recuperação de Cheldon motivou o seu afastamento e consequente substituição por outro treinador, André Micael.
Cheldon Siqueira contesta esta decisão, diz que só quer terminar o que está acordado no protocolo de estágio e treinar as equipas até ao final da época, uma missão que considera desempenhar com sucesso e pela qual recebia 250 euros mensais. Cheldon apresentou-se na sexta-feira, 9 de Março, no pavilhão da Escola Secundária de Alcanena, às 19h00 para treinar as equipas, apesar de estar a recuperar e mover-se com a ajuda de canadianas. A atitude não foi bem vista pela direcção do JAC, que já tinha contratado André Micael para dar os treinos, que estavam a decorrer.
Fernando Simões e Paulo Rama disseram a O MIRANTE que este braço de ferro de Cheldon põe em causa qualquer relação que pudesse haver no futuro e não abona ao bom nome do jovem treinador.

Treinador de andebol do JAC contesta despedimento e exige readmissão

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