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Agricultura de regadio em Portugal é “exemplo para o mundo”

Presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal diz que o panorama mudou muito nos últimos anos e que hoje há um aproveitamento muito mais eficaz da água.

O presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, considera um “exemplo para o mundo” a eficiência da rega na agricultura hoje praticada em Portugal, defendendo que não é preciso “ter medo dos agricultores como utilizadores de água”. Nos “regadios mais visíveis”, como os do Alqueva, região do Tejo e Vale do Sorraia, “a agricultura que se pratica hoje não tem nada a ver, em termos da eficiência de rega, com o que se fazia há 10, 15 ou 20 anos”, afirmou o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) na sexta-feira, 9 de Março, durante o 14.º Congresso da Água.
Como exemplo, o responsável lembrou que quando começou a trabalhar no Vale do Sorraia “a média de utilização da água para um hectare de arroz ultrapassava os 20 mil metros cúbicos por hectare”, mas, hoje em dia, “a maior parte dos agricultores não gasta 10 mil metros cúbicos por hectare”.
“O tomate gastava sete [mil metros cúbicos/hectare], hoje não são precisos quatro”, indicou, ao intervir numa mesa-redonda sobre a “Revisão da Directiva-Quadro da Água e Novos Modelos de Gestão dos Recursos Hídricos”. Por isso, atendendo a essa evolução, Eduardo Oliveira e Sousa alertou que “não há que ter medo dos agricultores como utilizadores de água”, porque “eles não vão estragar a água, não vão acabar com a água” e, pelo contrário, “em muitos locais, são a salvaguarda até da própria circulação de água”.
O Sorraia, no Ribatejo, evocou, “secava antes da obra de rega”, mas, “hoje em dia, é um fio de água permanente durante todo o Verão”. E acrescentou: “Vivemos numa região que tem tendência em desertificar-se e ou salvaguardamos estas actividades, através do uso que a água nos potencia, ou o território terá tendência em entrar num ciclo de maior desertificação e de maior abandono”.

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