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Celtejo tem novas restrições de descargas para o Tejo até 7 de Abril

A empresa Celtejo, em Vila Velha de Ródão, iniciou no dia 7 de Março, por 30 dias, um novo ciclo de produção com restrição de descargas para o Tejo imposto pelo Ministério do Ambiente. A tutela determinou uma redução de 30% do volume diário de efluente a rejeitar para o rio.
Em 5 de Fevereiro, o Ministério do Ambiente tinha anunciado um primeiro prolongamento por 30 dias de todas as medidas provisórias impostas à fábrica de pasta de papel Celtejo, incluindo a redução de 50% do volume diário de descargas de efluentes no rio Tejo.
As medidas provisórias com vista à revisão do Título de Utilização dos Recursos Hídricos haviam sido determinadas inicialmente pela Agência Portuguesa do Ambiente em 26 de Janeiro e fixadas por 10 dias.
O Ministério do Ambiente lembra que, “na licença inicial, a empresa estava autorizada a rejeitar 15 mil metros cúbicos/dia” e que “após o incidente de 24 de Janeiro, momento em que a concentração de oxigénio dissolvido na albufeira de Fratel foi de apenas 1,1 miligramas/litro, foi imposta uma redução das descargas a um máximo de 7.500 metros cúbicos/dia”.
Tendo-se verificado uma melhoria das condições de laboração na Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais da empresa, durante o próximo mês a limitação do caudal passa para 30% do valor inscrito na licença inicial, ou seja, o caudal fica limitado a um valor máximo diário de 10.500 metros cúbicos/dia.
A medida agora imposta vigora entre 7 de Março e 7 de Abril e, caso se registe um agravamento da qualidade da água do rio Tejo, a limitação pode regressar aos 50%, segundo o Ministério do Ambiente.
Em Janeiro, as restrições à Celtejo foram uma das medidas definidas pelo Governo após se tornar visível um grande foco de poluição no rio Tejo, na zona de Abrantes. O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, disse então que o fenómeno de poluição “é resultado da libertação da matéria orgânica depositada sob a forma de sedimentos no fundo das albufeiras do Fratel e de Belver, provocada por anos de funcionamento das indústrias aí localizadas e da reduzida precipitação do último ano, que não diluiu essa carga orgânica”.
Apesar das restrições impostas à Celtejo, João Matos Fernandes sublinhou que não estava a ser atribuída responsabilidade directa à empresa nesse incidente de poluição no Tejo.

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