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Fábrica construída ilegalmente em Vilar dos Prazeres não cumpre limites de ruído
Joaquim Soares anda há vários anos a alertar câmara de Ourém para laboração de fábrica situada em terreno contíguo ao seu

Fábrica construída ilegalmente em Vilar dos Prazeres não cumpre limites de ruído

Câmara de Ourém contratou empresa especializada para fazer avaliações de ruído no local. Caso arrasta-se há vários anos e foi um cidadão a denunciar o caso que se passa num terreno contíguo ao seu. Ordem de demolição dos pavilhões nunca foi cumprida.

A fábrica da Sociedade Industrial de Móveis Vilarense, em Vilar dos Prazeres, concelho de Ourém, não está a cumprir os limites de ruído. A informação foi dada pelo presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque (PSD/CDS), em sessão do executivo municipal explicando que contrataram uma empresa especializada que fez três avaliações de ruído ambiental ao local. “Concluíram que não estão a ser cumpridos os limites de ruído”, referiu. A empresa será agora notificada para regularizar a situação. Caso tal não aconteça, a Câmara de Ourém pode avançar com um processo-crime contra a empresa.
Como O MIRANTE tem vindo a noticiar, o vizinho desta fábrica, Joaquim Soares, anda há vários anos a alertar a Câmara de Ourém que a empresa situada num terreno contíguo ao seu, em Vilar dos Prazeres, continua a funcionar apesar dos pavilhões que circundam a sua casa terem sido construídos ilegalmente. A situação é do conhecimento do município mas, apesar da obra ter sido embargada em 2015 pela autarquia [durante o mandato do socialista Paulo Fonseca], a empresa continua a funcionar diariamente. E sempre que Joaquim Soares se queixou à câmara municipal desta situação foi multado pela autarquia por supostas irregularidades na sua moradia que o mesmo contesta.
O primeiro pavilhão da Sociedade Industrial de Móveis Vilarense, com cerca de dois mil metros quadrados (m2), foi construído há 12 anos e não possui licença. O segundo pavilhão, com cerca de mil m2, começou a ser construído em Agosto de 2014, altura em que Joaquim Soares denunciou o caso na Câmara de Ourém. Uma queixa que, diz, ficou “esquecida” na autarquia, o que o levou a fazer uma nova denúncia em Novembro de 2014, quando a construção do segundo pavilhão já estava terminada.

Câmara mandou demolir pavilhões mas ordem não foi cumprida
Na altura, o então vice-presidente da Câmara de Ourém, Nazareno do Carmo (PS), explicou que a obra foi embargada assim que o executivo teve conhecimento que os pavilhões estavam construídos ilegalmente. No entanto, a empresa continuou a laborar ate à data.
Joaquim Soares deslocou-se a uma reunião do executivo municipal, no dia 4 de Agosto de 2017, para saber o ponto da situação e o presidente da autarquia da altura, Paulo Fonseca (PS), explicou que o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR esteve no local a acompanhar a vistoria da câmara municipal e que aguardavam relatório da GNR. “A câmara já actuou, já mandou demolir os edifícios que estão ilegais. Pelos vistos é preciso actuar mais porque a decisão não foi cumprida. Aguardamos o relatório da GNR sobre a vistoria”, referiu em Agosto do ano passado em resposta ao munícipe.
O MIRANTE contactou a Sociedade Industrial de Móveis Vilarense mas não obteve qualquer resposta até ao fecho desta edição.

Fábrica construída ilegalmente em Vilar dos Prazeres não cumpre limites de ruído

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