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Quando a discussão de ideias é abafada pela gritaria e pelo insulto

Tenho 65 anos. Vivi com imensa felicidade o 25 de Abril de 1974 e com bastante intensidade o chamado Verão quente de 1975. Agora a esta distância continuo a considerar o 25 de Abril o mais fantástico momento da minha vida a par do nascimento dos meus dois filhos e olho para o período do Processo Revolucionário Em Curso PREC) com grande sentido crítico, comparando-o ao que se está a passar actualmente com a liberdade de expressão e o debate de ideias a serem abafados pela gritaria dos activistas e intolerantes.
Escrevo estas linhas a propósito dos danos para a liberdade de expressão provocados pelas redes sociais e pela sua influência em muita comunicação social. Como há quem tenha dito melhor que eu aquilo que eu penso, recorro a uma citação. Neste caso, cito o jornalista Diogo Queiroz de Andrade do jornal Público, que escreveu no editorial da edição de 20 de Março, num texto intitulado a democracia contra o Facebook, o seguinte:
O Facebook já não pode continuar a ser visto como uma mera plataforma de entretenimento, visto que é uma ferramenta perfeita para explorar medos, ódios e inseguranças — onde ganha quem tem mais dinheiro para melhor espalhar os seus anúncios. Nesse sentido aquela rede social tornou-se o grande inimigo da sociedade aberta. No Facebook a discussão de ideias é trocada pelo insulto, a força bruta substitui a persuasão e o método científico é abandonado a favor do ‘achismo’.
E ele termina assim: “Mas compete também aos cidadãos informarem-se e criarem mecanismos para evitarem ser manipulados. Por definição, ninguém gosta de ser tomado por idiota. Se calhar, convém deixar de perder tempo em locais onde é exactamente esse o papel que nos está destinado”.
António Fernandes Isidoro

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