uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Burla a advogado de Abrantes sem culpados

Tribunal absolve arguidos por falta de provas

O Tribunal de Santarém não conseguiu reunir provas suficientes para condenar os dois suspeitos de um esquema de burla a um advogado de Abrantes. O principal arguido, indiciado de obter os dados bancários de uma conta em que o advogado era titular, juntamente com um cliente seu, enganar a funcionária da Caixa Geral de Depósitos e conseguir uma transferência de dez mil euros, foi absolvido. A mesma decisão foi aplicada ao cúmplice, acusado de ter disponibilizado a sua conta bancária para receber a transferência do dinheiro.
O colectivo de juízes justifica que a prova produzida em julgamento levantou dúvidas que não podem ser sanadas com a confrontação de outros meios de prova. O principal arguido, Paulo Delaunay, que segundo a decisão coleciona “inúmeras condenações” por burla, falsificação de documentos, furto simples, peculato, entre outros crimes, negou a prática do crime contra o advogado, não tendo sido possível contrariar esta versão.
A acusação do Ministério Público referia que Paulo Delaunay fez-se passar por João Viana Rodrigues para se apropriar de dez mil euros de uma conta conjunta que o advogado tinha com um cliente seu que está emigrado. O banco reconheceu a situação e devolveu o dinheiro logo após a burla ocorrida em Agosto de 2014. Estava também indiciado de convencer o comparsa, José de Oliveira, a dar o número da sua conta para receber a transferência, em troca de uma contrapartida monetária, que não foi apurada pelo Ministério Público.
João Viana Rodrigues, contactado por
O MIRANTE aquando da notícia do início do julgamento, disse na altura que a situação não lhe trouxe grandes prejuízos, “além do aborrecido de ter de explicar o caso” ao outro titular da conta e seu cliente uma vez que foi ressarcido.
A investigação defendia a tese de que Paulo Delaunay tinha telefonado para a agência da Caixa Geral de Depósitos de Abrantes no dia 25 de Agosto de 2014, identificou-se como sendo o advogado e convenceu a funcionária do banco a fazer a transferência, alegando que precisava de fazer um pagamento urgente “no âmbito de um processo judicial”. A funcionária ficou convencida que se tratava mesmo do advogado, que é conhecido na cidade e na instituição bancária.

Mais Notícias

    A carregar...