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Humberto Lopes acentua “grave crise” no CRIA de Abrantes

Antigo presidente da instituição rebate argumentos do seu sucessor com números

Nos três anos anteriores à tomada de posse de Nelson Carvalho como presidente da direcção do CRIA (Centro de Recuperação e Integração de Abrantes) as contas da instituição fecharam sempre com saldo positivo: 14.640,95 euros em 2012; 28.044,62 euros em 2013; e 17.079,98 euros em 2014. Os números foram facultados a O MIRANTE pelo anterior presidente do CRIA, Humberto Lopes, que assim rebate a tese da pesada herança que Nelson Carvalho diz ter recebido quando assumiu o cargo.
Depois das declarações públicas de Nelson Carvalho, em entrevista à Rádio Antena Livre de Abrantes, e depois da notícia de O MIRANTE da edição da semana passada, Humberto Lopes, que foi presidente do CRIA durante quase duas décadas, conversou por escrito com o jornalista de O MIRANTE sobre a “grave situação” do CRIA de Abrantes. Recorde-se que foi Humberto Lopes quem convidou Nelson Carvalho para ser presidente do CRIA.
Para vincar as responsabilidades dos directores no tempo em que era presidente da direcção do CRIA, Humberto Lopes disse a O MIRANTE que os empréstimos eram feitos na base da confiança bancária no tesoureiro e no presidente da instituição, “que avalizavam com as suas assinaturas (comprometendo os seus bens pessoais) os empréstimos necessários aos pagamentos mensais obrigatórios, quando tal era necessário por atrasos no reembolso, pelo Estado, de despesas feitas com programas que a instituição desenvolvia devidamente aprovados”. E vinca: “O não obrigatório não se adquiria se não havia dinheiro para tal”.
Ao falar desta situação Humberto Lopes quis acentuar o espírito dos dirigentes no tempo em que foi presidente do CRIA, sublinhando ainda que “os bens imóveis do CRIA se limitavam na altura a duas lojas no centro da cidade já dadas como garantia em contas caucionadas”.
Aparentemente revoltado com as declarações do ex-presidente da Câmara de Abrantes, Nelson Carvalho, que diz que o problema do CRIA foi criado por anteriores direcções, Humberto Lopes, também ele antigo presidente da Câmara de Abrantes, enviou a O MIRANTE cópia dos documentos a provar a veracidade das suas declarações.
Até agora Nelson Carvalho só tem falado da crise mas recusa-se a mostrar os documentos que suportam essa tese assim como a carta de demissão do conselho fiscal que esteve na origem da demissão em bloco dos elementos desse órgão.
O MIRANTE contactou Nelson Carvalho no sentido de obter um comentário ou esclarecimentos adicionais, tendo o presidente do CRIA remetido esclarecimentos para mais tarde.

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