A União de Freguesias de Chamusca e Pinheiro Grande não tem dinheiro para comprar material de limpeza e papel higiénico para alunos e professores utilizarem nas escolas dessa freguesia. A Câmara da Chamusca aprovou, por unanimidade, na última reunião de câmara, um protocolo que visa apoiar esta junta de freguesia. O presidente do município, Paulo Queimado (PS), explicou que ficou decidido no início do actual ano lectivo que seriam as juntas de freguesia a assumir estas competências, como está definido na lei.
“O presidente desta união de freguesias transmitiu-nos recentemente que não tinha capacidade financeira para assumir estas despesas com as escolas da sua freguesia. A câmara municipal tem material em stock e vai ajudar mas depois a junta vai pagar à câmara, como todas as outras freguesias estão a fazer”, afirmou em sessão camarária.
O vereador Rui Ferreira (PS), que detém o pelouro das freguesias, explicou que o executivo municipal decidiu avançar com este protocolo por considerar que era uma situação grave. “O presidente desta união de freguesias diz-nos que no próximo ano já vão conseguir melhorar a sua capacidade financeira”, afirmou.
Os vereadores da oposição, Rui Rufino (PSD/CDS/MPT) e Gisela Matias (CDU), não esconderam a sua preocupação com a situação. “O que é que se passa com a União de Freguesias de Chamusca e Pinheiro Grande para não ter disponibilidade financeira para adquirir papel higiénico para as crianças? Estou perplexa e preocupada com esta junta de freguesia”, afirmou Gisela Matias. Queimado acrescentou que a gestão das juntas de freguesia é uma opção de cada executivo. “Nesta junta são já vários os casos. A nossa postura sempre foi de resolver os problemas e é isso que estamos a fazer”, realçou.
O MIRANTE contactou o presidente da União de Freguesias de Chamusca e Pinheiro Grande, Rui Martinho (PSD/CDS/MPT), para obter mais esclarecimentos mas até ao fecho desta edição o autarca não devolveu a chamada telefónica nem respondeu às nossas mensagens.