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Funerárias descontentes com responsável pelo cemitério de Santarém
Alguns agentes funerários e empresários de mármores queixam-se do comportamento da funcionária responsável pelo cemitério de Santarém

Funerárias descontentes com responsável pelo cemitério de Santarém

Prepotência, deselegância e falta de perfil para essas funções são algumas das acusações. Agentes funerários e empresas ligadas ao fabrico de campas queixaram-se ao vereador do pelouro do comportamento da funcionária e ameaçam recorrer ao tribunal. Câmara diz que já tomou medidas.

Alguns agentes funerários e empresários de mármores da zona de Santarém queixam-se do comportamento da funcionária responsável pelo cemitério dos Capuchos, em Santarém, e já deram conta do seu descontentamento ao vereador com esse pelouro, Jorge Rodrigues. Os empresários afirmam que a funcionária tem atitudes deselegantes e prepotentes, acusam-na de interferir com as actividades das empresas e já pediram que sejam tomadas medidas, ponderando mesmo colocar a câmara em tribunal pois consideram que certas atitudes são lesivas dos seus negócios. O vereador disse a O MIRANTE que já foram tomadas algumas medidas.
O nosso jornal sabe que o descontentamento face à forma de trabalhar da funcionária se estende também a alguns padres que ali vão fazer funerais e a familiares de defuntos. Luís Moínhos, proprietário da empresa Art Stone, que, entre outros serviços, fabrica campas diz que após a reunião tida com o vereador em Janeiro último não receberam mais nenhuma resposta por parte da Câmara de Santarém, embora tenha feito chegar mais queixas à autarquia entretanto.
“Somos confrontados com provocações, a senhora é muito conflituosa”, diz Luís Moínhos, acusando a funcionária de fazer comentários sobre o trabalho das funerárias ou de quem trabalha a pedra. Queixas que foram transmitidas ao vereador do pelouro. Os queixosos pedem apenas que haja uma mudança de atitude por quem toma conta do cemitério.
Carlos Lopes, sócio da Funerária Lopes & Benavente, diz que quase todas as agências da cidade têm razões de queixa e que o motivo das reclamações apresentadas ao vereador não visam fazer mal a ninguém mas sim a correcção de uma situação que consideram anómala. E sublinha que o funcionário de um cemitério não pode fazer observações ou recomendações acerca das agências funerárias ou de quem trabalha a pedra.
O proprietário da Agência Funerária Campeão, Mário Conceição, diz que a funcionária é “inconveniente e prepotente” e que não tem perfil para desempenhar aquele trabalho, criticando também o facto de o vereador do pelouro não ter dado mais qualquer retorno após a reunião que tiveram.

Câmara quer “reclamações zero” no cemitério
O vereador Jorge Rodrigues confirma a reunião em Janeiro com representantes de três agências funerárias e de uma empresa de mármores, realçando que as três agências presentes representam menos de 20% das agências funerárias com que a autarquia trabalhou nos últimos 15 meses. “Nessa reunião, as queixas verbais mais relevantes apresentadas pelos presentes foram devidamente anotadas, tendo a autarquia intensificado a monitorização da actividade do cemitério, bem como agendado acções de formação, no sentido de melhorar o desempenho dos colaboradores do município que prestam serviço no cemitério”, esclarece o autarca.
Na resposta que nos enviou por escrito, Jorge Rodrigues informa ainda que foi solicitado aos funcionários que “evitassem situações de conflito ou de eventual conflito verbal com quem quer que fosse, reforçando um objectivo definido para aquele serviço: ‘Reclamações zero’!”.
Para além disso, acrescenta, “foi reforçado que o comportamento profissional dos trabalhadores se deve balizar no cumprimento daquelas que são as decisões dos seus superiores hierárquicos e no escrupuloso cumprimento dos regulamentos”.
Por outro lado, o vereador Jorge Rodrigues afirma que “não foram apresentadas provas concretas de que o comportamento da referida funcionária influencie os negócios das empresas que actuam no cemitério de Santarém” e diz estar “convicto de que as pessoas, quando precisam de contratar um qualquer serviço, orientam a sua opção segundo critérios económicos, optando pelo fornecedor que garante o serviço com menores custos”.
Quanto à possibilidade de os empresários recorrerem aos tribunais, o autarca refere que “cada pessoa/entidade é livre de promover as diligências que entender para a melhor salvaguarda dos seus interesses tendo, no entanto, que provar cada uma das acusações que vier a apresentar”.
O MIRANTE tentou também contactar a funcionária em causa, não tendo recebido até ao fecho desta edição qualquer resposta à mensagem enviada na manhã de segunda-feira para o seu email profissional, cujo endereço electrónico se encontra patente no portal do município na Internet.

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