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Águas do Ribatejo altera estatutos para afastar privados e aumenta capital social
Pedro Ribeiro e Francisco Oliveira (presidente da assembleia-geral e presidente da administração da Águas do Ribatejo, respectivamente)

Águas do Ribatejo altera estatutos para afastar privados e aumenta capital social

Autarcas continuam a recusar remunerações por exercerem funções na empresa

A empresa intermunicipal Águas do Ribatejo começou a fazer a alteração dos estatutos para impedir a entrada de privados e para duplicação do capital social para mais de 13,7 milhões de euros, segundo um comunicado da empresa de capitais unicamente públicos. A proposta de alteração foi deliberada por unanimidade na assembleia-geral da empresa e na qual foi aprovado o relatório de gestão e contas de 2017, que aponta para um resultado líquido positivo de dois milhões e duzentos mil euros.
A alteração dos estatutos e a duplicação do capital social só vai acontecer numa nova assembleia-geral, depois da aprovação das assembleias municipais dos sete concelhos accionistas da empresa. “Este é o momento de garantirmos que a Águas do Ribatejo será uma empresa de capitais exclusivos dos municípios, reforçando um modelo de gestão adequado para um serviço público imprescindível para as 150 mil pessoas que vivem nos sete concelhos”, refere o presidente da assembleia-geral da Águas do Ribatejo e da Câmara de Almeirim, Pedro Ribeiro.
A assembleia geral fixou que será necessária uma maioria de três quartos dos votos para alterar os estatutos ou dissolver a sociedade. Os sete accionistas acordaram ainda que a duração do mandato dos órgãos sociais da empresa será de quatro anos, mantendo-se o exercício de funções “sem remuneração ou qualquer senha de presença, como acontece desde a entrada em funcionamento da empresa”.
O presidente do conselho de administração da empresa e do município de Coruche, Francisco Oliveira, realça “os bons indicadores evidenciados no relatório de gestão e contas” de 2017, referindo o aumento de 6,4% no volume de negócios e de 36% no resultado líquido que cresceu 574.000 euros em relação a 2016, para os 2,2 milhões de euros. “Estes resultados são excelentes num ano em que fizemos investimentos significativos e em que mantivemos um tarifário socialmente justo”, comenta Francisco Oliveira.
O presidente do conselho de administração autarca destaca ainda a redução das perdas de água reais para 28% e a manutenção dos indicadores de qualidade no abastecimento de água e no tratamento de águas residuais muito perto dos 100%. A empresa “tem vindo a reforçar a proximidade” com os consumidores, seja promovendo ações seja disponibilizando novas ferramentas nas unidades de atendimento e no balcão digital, apresentando atualmente um prazo médio de resposta de 12 dias.
A Águas do Ribatejo investiu 120 milhões de euros desde a sua criação, em 2009, e tem actualmente em curso obras de valor superior a 20 milhões de euros nos vários concelhos, representando a estação de tratamento de águas residuais (ETAR) e emissário de Samora Correia (Benavente) um “elevado esforço” por apenas ter sido garantido um financiamento de 850.000 euros e exigir à empresa um investimento de 3,8 milhões de euros.
A empresa é constituída pelos municípios de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas.

Águas do Ribatejo altera estatutos para afastar privados e aumenta capital social

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