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Rede de Segurança Periférica encontrava-se, na altura do furto, degradada em alguns pontos

Relatório descreve portas e fechaduras sem segurança e vedação degradada nos paióis de Tancos

Documento elaborado na sequência do furto de material militar detectado em Junho de 2017.

Portas e fechaduras sem os requisitos de segurança exigidos e a rede de segurança periférica degradada foram algumas das “deficiências e lacunas” identificadas nos Paióis Nacionais de Tancos, indica um relatório divulgado pelo Governo na semana passada.
“Existem diversas deficiências/lacunas ao nível das estruturas, entre as quais se destacam as seguintes: as portas não têm os requisitos de segurança exigidos; as fechaduras não têm os requisitos de segurança exigidos”, refere o documento enviado pelo Ministério da Defesa ao Parlamento.
Intitulado “Tancos 2017: Factos e Documentos”, o dossier, de cerca de 100 páginas, apresenta um resumo histórico dos paióis nacionais de Tancos desde a origem, nos anos oitenta do século passado, e as suas “constantes dificuldades e insuficiências”.
O documento descreve os sistemas de protecção e vigilância, faz uma cronologia dos acontecimentos desde a detecção do furto, a 28 de Junho de 2017, estabelece o enquadramento jurídico e as competências legais do governo, forças armadas, ministério público e parlamento, as acções desenvolvidas pelo ministério e pelos ramos militares, em especial o Exército.
Com base num documento do Exército enviado à tutela a 16 de Fevereiro, o dossier entregue ao Presidente da República descreve o “contexto real” em que ocorreu o furto, identificando as “lacunas/deficiências” da estrutura de Tancos. A rede de segurança periférica encontrava-se, à data dos acontecimentos, “degradada em alguns pontos” e havia “pára-raios que não estavam operacionais”.
Por outro lado, a “Casa da Guarda não tem comunicação de rede fixa nem existem meios de comunicação com os postos de sentinela e as rondas móveis, sendo a comunicação assegurada por telemóveis de serviço”.
Quanto ao pavimento no exterior, estava “em mau estado de conservação” e não havia “quaisquer sistemas de sensores e de videovigilância em funcionamento” naquela infraestrutura de armazenamento de munições.
Com uma área de 40 hectares e um perímetro de 2.700 metros, tinha uma dupla vedação, espaçada cinco metros entre cada uma, e integra 18 paióis, um para o Regimento de Paraquedistas, quatro para o Regimento de Engenharia 1 e os restantes para a Unidade de Apoio Geral de Materiais do Exército.
O furto de material militar de Tancos – instalação entretanto desactivada – foi detectado a 28 de Junho de 2017 durante uma ronda móvel, por um sargento e uma praça ao serviço do Regimento de Engenharia 1.
O relatório descreve a lista do material roubado, que apareceu mais tarde no concelho da Chamusca, e reitera que as 44 LAW (arma anti-carro) estavam “obsoletas” como afirmou o anterior chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Pina Monteiro, juntando “prova documental”.

Rede de Segurança Periférica encontrava-se, na altura do furto, degradada em alguns pontos

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