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Verdes lamentam demora na solução para efluentes de suiniculturas que poluem rio Maior 

O Partido Ecologista Os Verdes (PEV) lamenta que tardem soluções para os efluentes suinícolas que poluem a bacia do rio Maior, afluente do Tejo, apesar do levantamento que identificou 34.000 efectivos em 209 explorações existentes ao longo do rio.
Falando em Santarém no final da primeira etapa das jornadas parlamentares do PEV dedicadas ao tema “Rio Tejo – Poluição e outros conflitos”, que decorreu na passada semana, o dirigente nacional Francisco Madeira Lopes apontou o impacto do rio Maior, “núcleo de concentração muito grande de produção suinícola” e também, em menor escala, avícola e bovina, “à semelhança do rio Lis, em Leiria”, no rio Tejo, onde desagua no concelho de Azambuja.
Francisco Madeira Lopes afirmou que a comissão criada em 2014 pelos municípios de Rio Maior, Santarém, Cartaxo e Azambuja, na sequência de uma proposta que apresentou quando era vereador na Câmara de Santarém, “tem avançado com muita lentidão”, o que é agravado com a ausência de desenvolvimento da revisão da Estratégia Nacional Para os Efluentes Agropecuários e Agroindustriais (ENEAPAI), para a qual foi criado, pelo Governo, um grupo de trabalho em Fevereiro de 2017.
Madeira Lopes afirmou que o levantamento feito pelos municípios, que identificou quase 34.000 efectivos suínos em 209 produções, todas de carácter intensivo, verificou que o tratamento dos efluentes, quando existe, é feito por lagunagem, uma prática de “há 30 ou 40 anos” que “toda a gente sabe que não é tratamento nenhum”.
“Outras soluções, como o tratamento em ETES (Estação de Tratamento de Efluentes Suinícolas), com produção de biogás e tratamento do resíduo semisseco para a agricultura”, em “condições controladas e com análises prévias”, não “têm vindo para o terreno”, nem pelos produtores, nem pela administração central, nem pela local, disse, frisando que o método actualmente utilizado, de lagunagem, “não faz o tratamento necessário para inertizar” o resíduo.
A inclusão desta temática nas jornadas decorreu do entendimento de que a bacia do Tejo é “todo um ecossistema” de uma região “cujo desenvolvimento tem sido feito à custa da sustentabilidade ambiental”, adiantou.

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