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Descarga em linha de água de Azambuja levanta suspeitas

Empresa garante que não poluiu o ambiente e que os efluentes despejados em linha de água afluente do Tejo eram água da chuva. Assunto foi abordado em reunião de câmara.

A empresa de tratamento de resíduos industriais Triaza foi alvo de denúncia sobre uma descarga de efluentes para uma linha de água em Azambuja que vai desaguar ao rio Tejo. A operação que previa efectuar a transferência de efluentes de duas lagoas destinadas a receber águas residuais terá acabado na linha de água.
Um engenheiro da empresa foi à reunião de Câmara de Azambuja garantir que “não há contaminação das águas que foram transferidas” e referiu que “aquilo que a Triaza fez foi passar águas pluviais de uma lagoa para a outra”. As duas lagoas são propriedade privada da empresa e destinam-se, segundo explicou o engenheiro, a receber águas residuais e lixiviantes de um aterro mas estavam há dois anos a armazenar águas pluviais.
Por esse motivo foi necessária a transferência, que foi posteriormente escoada para a linha de água pública. “Tratava-se de águas limpas e por isso não fazia sentido descarregá-las no emissário. Temos autorização para descargas pluviais para a linha de água”, acrescentou.
Os Bombeiros Voluntários de Azambuja foram a entidade contactada pela Triaza para o aluguer da bomba que efectuou a transferência das águas entre lagoas. Sobre o assunto, o comandante Ricardo Correia diz não ter de assumir qualquer responsabilidade. “A análise das lagoas é da responsabilidade da empresa e não dos Bombeiros Voluntários de Azambuja. No entanto, eu também saberia distinguir se estivéssemos a fazer algo que fosse iminentemente criminal”, declarou.
O tema foi levantado em reunião de câmara por um munícipe que se apercebeu de águas sujas e com cheiro nauseabundo na linha de água próxima à Triaza após se ter realizado essa transferência. António Pires mora a menos de 500 metros da empresa de tratamento de resíduos industriais e são já várias as queixas que tem feito chegar ao executivo municipal sobre a mesma. Na reunião estava presente o engenheiro da Triaza e o comandante dos bombeiros, a pedido do presidente da câmara, Luís de Sousa, que já estava ocorrente da situação.
O MIRANTE enviou um pedido de esclarecimentos adicionais à Triaza mas até ao fecho desta edição não obteve qualquer resposta.

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