A hora do Parque de Negócios do Cartaxo vai chegar
José Eduardo Carvalho revelou que existem 27 lotes do Valleypark que estão em negociação e que recentemente foram fechados negócios com uma empresa francesa e outra dinamarquesa.
“Os investidores do Parque de Negócios do Cartaxo não estão nada nervosos nem preocupados com o investimento que fizeram. Compraram 80 hectares de terreno bem localizados, consideram um investimento de médio e longo prazo e é gente com muita experiência nos negócios. Não pediram dinheiro ao banco para investir no Valleypark. Por isso não percebo muito bem porque é que há algum nervosismo de alguns agentes locais, que não são investidores do projecto, e que estão nervosos e ansiosos como se tivessem que pagar as contas deste investimento. Vamos ter calma porque a hora do Cartaxo vai chegar”.
As declarações do presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP), José Eduardo Carvalho, foram proferidas durante o seminário empresarial “Cartaxo Invest” que decorreu na tarde de sexta-feira, 27 de Abril, no auditório da Tagusgás, no Parque de Negócios do Cartaxo. A iniciativa contou com a presença do presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), do presidente da CCDRLVT (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo), João Teixeira, do presidente da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), Luís Castro Henriques e Maria João Serrano, da CCDR Alentejo.
José Eduardo Carvalho defendeu ainda que o projecto urbanístico do Valleypark é de grande qualidade e que não vão ali ser instalados “barracões” nem se vão vender os lotes ao desbarato. “Se houve resiliência para aguentar este projecto durante a altura da crise e do resgate financeiro também há competência para conduzir este projecto com êxito. Se durante o período negro da crise se conseguiu vender 31 hectares dos Parques de Negócio do Vale do Tejo, que engloba Santarém, Torres Novas, Rio Maior e Cartaxo, há que acreditar que a hora do Cartaxo vai chegar”, sublinhou.
O dirigente revelou que existem 27 lotes do Parque de Negócios do Cartaxo que estão em negociação e que no início desta semana foram fechados negócios com uma empresa francesa e outra dinamarquesa, optando por não revelar a identidade das empresas que ali se vão instalar. JEC disse, no entanto, que existe a indicação de que mais três hectares de terreno vão entrar em negociação. “Toda a gente que investiu no Valleypark está convencida que fez um bom negócio. Vão ser projectos fundamentais para o Cartaxo”, referiu, acrescentando estar convencido que o desenvolvimento dos concelhos do Cartaxo e Santarém vai depender da evolução daquilo que se fizer no Parque de Negócios do Cartaxo.
Há falta de mão-de-obra qualificada
O presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), referiu que este parque de negócios é, em termos estratégicos, o ponto de partida mais importante para criar mais riqueza no concelho, sem perder de vista outras estratégias de desenvolvimento do território.
Durante a sua intervenção, o presidente da CCDRLVT referiu que existe falta de mão-de-obra qualificada nas empresas assim como o valor acrescentado de qualificação dos trabalhadores. Além disso, João Teixeira considera que a juventude vai ser a principal razão de competitividade entre os municípios no futuro. “Actualmente, não há em consideração os decréscimos populacionais. Daqui a uns anos a actractividade e juventude vão ser fundamentais. Se continuarmos com a mesma maneira de pensar e metodologia não vamos evoluir nem andar para a frente”, disse.
A terceira Área de Localização Empresarial do país
O Valleypark foi a terceira Área de Localização Empresarial a ser criada no país e acreditada pelo Ministério da Economia e é o primeiro parque industrial do país com índice de construção de 100 por cento. Possui excelentes acessibilidades; infraestruturas e equipamentos; qualidade urbanística e incentivos financeiros através do quadro comunitário Portugal 2020. Possibilita a construção de três pisos acima da cota soleira, está servido por gás natural e fibra óptica. Falta construir a portaria, uma área e lazer e desporto e uma área de serviços que inclui restaurante, incubadora de empresas, salas de formação e auditórios.