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Alcanenense recusa deixar de jogar no Estádio Municipal
Sócios expressaram a sua opinião na assembleia-geral do clube

Alcanenense recusa deixar de jogar no Estádio Municipal

Assembleia-geral do clube contesta a intenção do município de impedir a utilização do recinto enquanto decorrerem as obras de requalificação.

O Atlético Clube Alcanenense (ACA) não prescinde da utilização do Estádio Municipal Joaquim Maria Baptista por parte das suas equipas de futebol de seniores e juniores durante o período em que decorrerem as obras de requalificação do recinto, como pretende a Câmara de Alcanena.
Essa posição foi expressa pelos sócios do clube em assembleia-geral realizada na noite de sexta-feira, 4 de Maio. Os sócios decidiram criar uma comissão composta por José Torcato (presidente e treinador da equipa sénior do ACA), António Silva, José Carlos Pereira, Joaquim Caetano e Herculano Gonçalves, para reunirem com a presidente da câmara Fernanda Asseiceira (PS). “O objectivo é entregar ao executivo o nosso plano, que nos permitirá jogar e treinar com as obras de requalificação do estádio a decorrer”, adiantou José Torcato.
As propostas dos sócios, que lembraram a história marcante do ACA no desenvolvimento de Alcanena, convergiram no sentido de se instalar contentores no estádio para servir de balneários enquanto decorrerem as obras, que ainda não se sabe quando terão início.
O presidente do clube, José Torcato, lembrou que no concelho de Alcanena não existe actualmente nenhum campo de jogos homologado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) que permita ao Atlético desenvolver a sua actividade desportiva. “É certo que os seniores desceram de divisão, mas os juniores vão continuar na primeira divisão nacional e precisam das condições exigidas pela FPF para jogar, o que tem de ser no nosso estádio”, referiu.
O executivo camarário deliberou na reunião de 19 de Março último encerrar o Estádio Municipal para obras de requalificação dos balneários, bancadas e vedação exterior, adiantando que o Atlético Clube Alcanenense, principal utilizador do campo, teria de procurar alternativa para jogar e treinar na próxima época.
Esta decisão só foi comunicada oficialmente ao clube há alguns dias, num ofício assinado por uma funcionária da câmara, facto que indignou os dirigentes do Atlético, que gostariam de ver a assinatura da presidente no documento, atestando a importância da comunicação.

“Gostaríamos que a câmara fosse parte da solução”
O presidente da assembleia-geral do ACA, Luís Azevedo, disse que a câmara devia ter falado com os dirigentes do clube, no sentido de se encontrar a melhor solução para ambas as partes. “ Gostaríamos que a câmara fosse parte da solução e não um problema”, sublinhou.
Luís Azevedo e José Torcato destacaram que a câmara não tem sido correcta com o clube e seus dirigentes, e esperam que esta comissão possa chegar a um rápido e profícuo entendimento, no sentido de assegurar as melhores condições aos atletas e respeitar a população de Alcanena, que sempre acarinhou o ACA.​
José Carlos Pereira destacou que o Atlético não utiliza o Estádio Municipal por favor da autarquia, mas sim como um utilizador de direito, porque muitos dos terrenos urbanizados no cabeço do Lavradio, que dão rosto à vila actualmente, foram doados e vendidos à câmara por causa do ACA.

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