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PDM castra desenvolvimento económico de Benavente
Carlos Coutinho diz que empresas do concelho de Benavente estão a mostrar trabalho mas ainda há capacidade para receber mais negócios

PDM castra desenvolvimento económico de Benavente

Empresas do concelho movimentaram mil milhões de euros em 2017 mas o volume de negócios poderia ser maior se o Plano Director Municipal, em fase de revisão, não fosse tão restritivo no que toca à fixação e expansão de empresas. Benavente foi o concelho do distrito que mais cresceu a nível económico no último trimestre.

As empresas instaladas no concelho de Benavente tiveram no último ano um volume de negócios superior aos mil milhões de euros, valor que coloca Benavente no terceiro lugar distrital, apenas atrás de Ourém e da capital, Santarém. Foi também o concelho do distrito que mais cresceu a nível económico no último trimestre. Os dados foram revelados pelo presidente do município, Carlos Coutinho (CDU), durante a discussão em reunião de câmara do ponto de situação dos parques industriais do concelho.
O autarca considerou que o volume de negócios teve no último ano “uma subida significativa” que significa que o concelho continua a ser atractivo para as empresas e para os negócios. Mas, avisou, os constantes bloqueios jurídicos feitos ao Plano Director Municipal (PDM) – como o recente processo instaurado pela associação ambientalista Quercus - estão a estrangular a possibilidade de novas empresas se fixarem em Benavente e de as actuais se poderem expandir. “São muitos os investimentos que nos chegam e estão por começar mas que por falta desse instrumento não têm conseguido”, lamentou Carlos Coutinho.

Oposição crítica
O tema foi levantado pelos vereadores do PS e do PSD, que lamentaram a falta de ambição da gestão CDU a quem acusaram de não valorizar as zonas industriais. “Tem havido uma total incompetência da câmara municipal na captação de investimento saudável para o concelho. Basta ver o estado em que estão as nossas zonas industriais. A maioria está ao abandono e cheia de vegetação, onde parece haver de tudo menos empresas a trabalhar. De há uns anos para cá são quase irrelevantes as empresas que se instalaram aqui”, critica Ricardo Oliveira (PSD).
O vereador culpou o presidente “pela falta de trabalho” que disse existir no concelho e instou este a apresentar soluções. “O que tem feito é uma mão cheia de nada”, acusou. Ricardo Oliveira considera que Benavente tem captado empresas “mais por ter uma boa localização e excelentes acessos” do que por causa de uma estratégia municipal.
A O MIRANTE também o socialista Pedro Pereira considera que as zonas industriais do concelho estão “abandonadas e pouco cuidadas”, sendo que a liderança municipal “não tem tido políticas activas de apoio ao sector empresarial e comércio local”.
Carlos Coutinho refuta as acusações e garante que há trabalho a ser feito no terreno. Mas admite que é sempre possível fazer mais e captar mais investimento. “Os nossos resultados destacam-se no distrito e têm crescido. Têm existido várias abordagens junto da câmara para instalação de empresas em algumas áreas mas debatem-se com o problema do PDM, que por isso não têm tido condições para avançar”, explica.

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