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As festas de Verão são uma violência para quem quer descansar 

Estão a começar as festas de Verão e continua por salvaguardar o direito ao descanso de milhares de cidadãos, um pouco por todo o país. A maioria desses festejos são promovidos ou têm apoio de câmaras municipais e, durem o tempo que durarem, todas têm cobertura legal para fazer barulho a qualquer hora da noite, à porta de quem quer descansar, não cuidando de sãos, doentes, pessoas que têm que se levantar cedo para ir trabalhar, crianças, bebés, etc, etc...
A ditadura do barulho festeiro tem a cobertura do Regulamento Geral do Ruído. Apresentar queixa é inútil porque os municípios não carecem de qualquer licença especial, nem de justificação para o violar, podendo fazer barulho a noite inteira se necessário for, sem qualquer limite sequer de decibéis.
Algumas autarquias têm o cuidado de fazer as festas terminar por volta da meia noite. Não chega mas já é alguma coisa. Outras não ligam a isso com o pretexto de as festas serem apenas uma vez por ano e, segundo defendem, todos os cidadãos serem compreensivos e tolerantes naquelas alturas, o que, como é fácil de entender, não é verdade, uma vez que só quem está na festa é que não se incomoda com o barulho e na festa não está uma população inteira. Os protestos são poucos por inúteis e porque ninguém deseja ser alvo de eventuais retaliações de tais democratas.
Há festas que duram um dia. Há outras que se prolongam por mais tempo. A privação do sono era e é utilizada para torturar. Que maior tortura pode haver em democracia do que um cidadão ter uma festa à porta, durante dias, até às tantas da manhã?
Joaquim S. Flores

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