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Câmara de Santarém compensa clubes que não puderam utilizar pavilhão municipal

Município atribui cerca de 17 mil euros ao Hóquei Clube de Santarém e ao GF Empregados do Comércio que tiveram de andar com a casa às costas devido ao atraso nas obras nesse recinto desportivo.

A Câmara de Santarém decidiu atribuir um subsídio extraordinário a dois dos clubes de patinagem da cidade que foram lesados pelo atraso nas obras do pavilhão municipal que os obrigou a recorrer a outras instalações. O Hóquei Clube de Santarém vai receber 14.672 euros e o GF Empregados do Comércio encaixa 2.500 euros. O Sport Clube Scalabitano “Os Leões”, que entretanto suspendeu a actividade por falta de patinadoras, não indicou os seus custos.
Recorde-se que no início da época desportiva 2017/2018, devido ao atraso nas obras de substituição da cobertura e do piso do Pavilhão Desportivo Municipal, esses clubes ficaram impedidos de utilizar o recinto desportivo adequado à patinagem. E por isso foram obrigados a recorrer a soluções alternativas para treinos e jogos. O Hóquei Clube de Santarém (HCS) e “Os Leões” utilizaram uma das naves do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA) de Setembro de 2017 a Janeiro de 2018, com dois interregnos devido à realização de feiras nesse espaço. Na altura foi o HCS a suportar esses custos, no montante de 9.804 euros, por ser o clube com mais atletas.
Os clubes recorreram também a outros pavilhões para jogar e treinar, como os de Rio Maior, Alenquer e Tojal, tendo de suportar as despesas com as deslocações. O facto de terem que treinar em piso de cimento obrigou também à aquisição de novo material devido ao desgaste mais rápido causado por esse tipo de superfície.
Na reunião de câmara em que a proposta foi aprovada, a oposição socialista criticou o atraso nas obras que motivou esta despesa extraodinária. “A incompetência da Câmara de Santarém é paga pelos munícipes”, afirmou o vereador Rui Barreiro recordando as várias chamadas de atenção que foram sendo feitas na altura pela sua bancada. “Houve um erro de planeamento e tomada de decisão errada porque se fosse correcta não estávamos aqui a atribuir estes apoios”, acrescentou.
O presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), refutou essas acusações, dizendo que o arrastar da obra se deveu a questões processuais relacionadas com a empresa a quem foi adjudicada a empreitada. A vereadora do Desporto, Inês Barroso (PSD), reforçou a resposta lembrando que as obras na cobertura foram planeadas a tempo e horas para que decorressem antes da intervenção no piso. “Foi alheio ao município não ter corrido bem o concurso para a cobertura e como já tínhamos o procedimento do piso a decorrer deixámos seguir”, afirmou.
Recorde-se que o auto de consignação da empreitada de reparação da cobertura do Pavilhão Desportivo Municipal de Santarém foi assinado em Abril de 2017 e permitia que o empreiteiro entrasse imediatamente em obra. Mas tal não sucedeu, pois a empresa desistiu da empreitada, com os transtornos daí decorrentes até se encontrar uma alternativa. O prazo de execução previsto era de 30 dias mas a obra só ficou concluída em Janeiro de 2018.

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