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Primeira acção cível do surto de legionella julgada em Setembro
Processo de Leonel Ferreira (à esquerda) começa a ser julgado em Setembro

Primeira acção cível do surto de legionella julgada em Setembro

Leonel Ferreira reclama uma indemnização de 200 mil euros, verba fixada em função das lesões que sofreu, do sofrimento familiar e da impossibilidade de poder trabalhar.

O julgamento da primeira acção cível de indemnização de uma das vítimas do surto de legionella ocorrido no concelho de Vila Franca de Xira em 2014 começa a ser julgado a 10 de Setembro. Na audiência prévia que teve lugar no dia 28 de Maio, na secção cível da instância local de Vila Franca de Xira, a juíza agendou a primeira sessão do julgamento depois de não ter sido alcançado um acordo prévio entre as partes.
Leonel Ferreira, 67 anos, do Forte da Casa, reclama uma indemnização de 200 mil euros por danos morais e patrimoniais sofridos na sequência de ter sido infectado pela bactéria da legionella, da qual responsabiliza os arguidos do processo crime movido pelo Ministério Público – A Adubos de Portugal, General Electric e sete técnicos e administradores das duas entidades.
Em tribunal, a vítima reclama uma verba fixada em função das lesões que sofreu, do sofrimento familiar e da impossibilidade de poder trabalhar. “A minha mulher chorava todos os dias. Isto afectou-nos a todos para a vida. Não sou a mesma pessoa que era antes do surto. Sofri bastante. Ainda hoje tenho ansiedade e pesadelos com tudo isto”, confessou aos jornalistas após a primeira sessão do processo. Depois de ter inalado a bactéria, em Novembro de 2014, Leonel ficou dezasseis dias em coma e os médicos chegaram mesmo a dizer à família que se fosse preparando para o pior.

Mais de trinta pedidos de indemnização
Nos tribunais cíveis de Lisboa e Vila Franca de Xira já deram entrada mais de três dezenas de pedidos de indemnização, incluindo da Câmara de Vila Franca de Xira, que reclama 727 mil euros por danos à sua imagem e imagem do concelho. O surto matou 14 pessoas e infectou 403. Mas apenas em 152 dos 403 casos de infecção foram feitas as recolhas de amostras que poderiam permitir determinar a estirpe da bactéria contaminante. E nos restantes 251 casos não há dados clínicos para relacionar a contaminação com alguma das estirpes detectadas nas empresas acusadas. Leonel Ferreira é uma das vítimas em que o nexo de causalidade foi estabelecido.

Primeira acção cível do surto de legionella julgada em Setembro

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