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Deixou Portugal para trabalhar na Teledifusão de Macau

Deixou Portugal para trabalhar na Teledifusão de Macau

João Francisco Pinto, natural de Vila Franca de Xira, está emigrado em Macau, desde 1994. Director de informação e programas portugueses na não pensa regressar a Portugal. Do que mais tem saudades é do clima, do céu azul e da luz do sol.

A viagem até Macau começou pela oportunidade de João Francisco Pinto ter uma experiência profissional internacional. Era jornalista no extinto Diário Económico quando surgiu uma oferta para trabalhar na TDM Rádio Macau com um contrato de dois anos. O ribatejano fez as malas e rumou para o continente asiático.
Macau, uma das regiões administrativas especiais da República Popular da China, mantém por herança da administração portuguesa, que durou 400 anos, traços gastronómicos, gentes, língua e costumes lusitanos. Esta foi a cidade que o acolheu de braços abertos, em 1994, quando ainda estava sob tutela portuguesa. Uma cidade que João Francisco Pinto considera ser, na generalidade, “acolhedora para os forasteiros” e “onde é fácil viver”.
João reconhece que há dificuldade de comunicação com as comunidades chinesas, mas o facto de “o governo central da República Popular da China ter um programa de cooperação intenso com os países de língua portuguesa” acaba por facilitar a integração de portugueses naquela região.
João Francisco Pinto gosta de ler e ver cinema. Respira notícias e informação. É jornalista de profissão e, desde 2005, director de informação e programas portugueses da Teledifusão de Macau. Diz ter a sorte de trabalhar com dezenas de colegas portugueses e para milhares de ouvintes portugueses. Gere um canal de televisão e uma estação de rádio, em regime de serviço público, onde coordena 65 profissionais entre jornalistas, produtores e realizadores, que trabalham em Português e Inglês. É também responsável pela produção de conteúdos de rádio, nas línguas Tagalog e Bahasa.
Para o jornalista, a produção de conteúdos para televisão e rádio em Português e Inglês numa cidade chinesa é uma experiência única. “Podemos trabalhar com excelentes condições técnicas e produzir programas de informação, que servem um vasto público. A nossa presença é essencial para telespectadores e ouvintes de rádio dado que, para quem não fala chinês, estes são os únicos canais para aceder à informação”, diz a O MIRANTE.
Em Macau vive com a sua namorada, que se mudou para lá seis meses após a sua partida, mas é em Portugal que tem os seus dois filhos. “No futuro irão para onde entenderem que podem ser felizes e prósperos. Não acredito que, por ser português ou por ter nascido em Portugal, se tenha de aí viver. O mundo é enorme e oferece-nos incríveis oportunidades de crescimento e desenvolvimento”, salienta João Francisco Pinto, que já não pensa em regressar definitivamente ao país que o viu nascer.
Visita Portugal entre quatro a cinco vezes por ano e as saudades, que não pode ver e sentir à distância, são “do clima, do céu azul e da luz do sol”. Da gastronomia, confessa que é fácil combater o saudosismo pois há imensos restaurantes portugueses em Macau. Quando sai à rua e entra num táxi garante, com humor, que todos os taxistas sabem o seu nome e explica o facto, no mínimo caricato: “Logo que se entra num táxi, a primeira coisa que os taxistas dizem é «Pinto ah» que significa «para onde quer ir»”. Neste caso, João Francisco Pinto já encontrou o lugar para onde queria ir e ficar. Macau é o seu lar, onde portugueses e a sua língua materna, sempre o acompanharam.

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