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Falta de médicos em Alcoentre não é problema fácil de resolver
Em Alcoentre há 2100 utentes sem médico de família atribuído

Falta de médicos em Alcoentre não é problema fácil de resolver

Mais de dois mil utentes da unidade de saúde sentem-se prejudicados e queixam-se da falta de clínicos, mesmo quando têm consulta marcada.

Em Alcoentre, os 2.100 utentes da extensão da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) da Azambuja não têm médico de família atribuído. A unidade de saúde funciona, em alguns dias, apenas com uma enfermeira de serviço, a única que serve esta extensão e há casos em que utentes com consulta marcada não são atendidos por falta de comparência do médico, sem aviso prévio.
Contactada por O MIRANTE, a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo diz que os casos de falta de comparência são “excepcionais” e possivelmente motivados por “uma situação imprevisível”, que impeçam o profissional de saúde de informar com antecedência. Segundo o mesmo organismo, o rácio entre utentes e enfermeira “está adequado”.
Maria Costa, utente daquela unidade de saúde, sente-se prejudicada pois já por diversas vezes regressou a casa sem conseguir ser atendida por não haver médicos. Outra utente que falou com O MIRANTE deslocou-se na sexta-feira, 8 de Junho, à extensão de saúde, onde estava de serviço apenas a enfermeira. “Já marquei consulta duas vezes - em semanas diferentes - e o médico não apareceu. Ninguém me avisou com antecedência de que ele não iria estar”. No mesmo dia, podia ler-se à porta, em letreiro afixado, que um dos médicos, com consultas agendadas, não iria estar presente.

“Não é fácil cativar os novos médicos”
Segundo a ARS, em 2017 foram atribuídas 20 vagas para médicos no Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Estuário do Tejo mas apenas foram preenchidas 13, não sendo possível ter médicos especialistas de Medicina Geral e Familiar (MGF), em todas as extensões de saúde. A situação leva este organismo a dizer que “não é fácil cativar os novos médicos para estas extensões de saúde porque, além dos motivos de cada profissional, elas implicam um exercício mais isolado, ou seja, sem que os médicos estejam integrados numa equipa”.
Actualmente a assistência médica aos utentes de Alcoentre é assegurada por um clínico contratado em prestação de serviços, durante oito horas semanais, e ainda por dois médicos especialistas em medicina geral e familiar, que vão a Alcoentre duas vezes por semana.

Unidade de Azambuja é alternativa

Em caso de não haver médicos de serviço na extensão de Alcoentre, a ARS refere que “os utentes podem recorrer às consultas de reforço da UCSP da Azambuja, disponíveis diariamente das 14h00 às 20h00”. As consultas podem ser previamente marcadas pela administrativa, na extensão de Alcoentre, mas em situação de doença aguda os utentes também podem recorrer a este serviço. Paralelamente, os utentes de Alcoentre podem dirigir-se à consulta aberta da UCSP de Azambuja, que funciona às segundas e terças-feiras das 12h00 às 20h00, e quartas e sextas-feiras das 9h00 às 17h00. Aos sábados e domingos é também nesta unidade que funciona o Atendimentos Complementar, das 9h00 às 13h00.

Falta de médicos em Alcoentre não é problema fácil de resolver

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