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Autarcas acusam Caixa de não respeitar o poder local
Comissão de utentes continua a recolher assinaturas e vai dinamizar mais protestos nos próximos dias

Autarcas acusam Caixa de não respeitar o poder local

Município de Vila Franca de Xira aprova moção contra fecho da CGD em Alhandra. Presidente da câmara acusa Caixa Geral de Depósitos de ignorar os pedidos de contacto do município. Vila vai receber protestos e concentrações nas próximas semanas. 1500 pessoas já assinaram petição contra encerramento. Banco continua em silêncio.

A luta contra o encerramento da agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Alhandra, concelho de Vila Franca de Xira, já chegou ao poder político com a aprovação, por unanimidade, de uma moção que exige a manutenção do balcão naquela vila.
O presidente do município, Alberto Mesquita (PS), diz que a CGD tem manifestado uma profunda “falta de respeito” pelo poder local, ao não responder aos ofícios enviados pela câmara municipal. “Já quando fecharam o balcão do Forte da Casa entrámos em contacto e nem sequer nos responderam”, criticou o autarca.
O documento foi apresentado pela bancada da CDU, discutido e aprovado na última reunião pública de câmara, realizada a 13 de Junho, onde o presidente da União de Freguesias de Alhandra, Mário Cantiga, acusou a decisão do banco de ser “uma machadada fatal” para a freguesia. Os diferentes partidos já encaminharam o assunto para as bancadas parlamentares.
Na segunda-feira, 18 de Junho, realizou-se uma concentração, dinamizada pela junta de freguesia, em frente ao balcão da CGD, na Praça 7 de Março. Uma das muitas que vão acontecer nas próximas semanas. 1.500 pessoas já assinaram uma petição contra o encerramento da agência. Tudo indica que o balcão da vila encerre portas até final de Junho.
Os trabalhadores devem ser transferidos para os balcões de Alverca e Vila Franca de Xira, para onde os clientes também se deverão dirigir para tratar de algum assunto. “Não se pode decidir o encerramento de balcões fechados num gabinete com uma régua e esquadro sem que se veja o impacto que isto vai ter nas populações”, lamenta Mário Cantiga.
Na moção agora aprovada é saudada a luta das populações pela manutenção da CGD em Alhandra e é considerado que o balcão representa “um serviço público fundamental” que, a encerrar, prejudica sobretudo “os mais idosos e os mais carenciados” que não têm meios de se deslocar para as localidades vizinhas.

Mesquita revoltado com falta de respostas
Mesquita diz que há união na luta pela manutenção do balcão e no documento enviado a Paulo Macedo explica a “grande perda” que o fecho da agência de Alhandra representa para o território concelhio e já pediu uma audiência com carácter de urgência ao líder do banco público. “Como não nos responderam já enviamos outro ofício ao primeiro-ministro e ao ministro das Finanças a referir o nosso incómodo por esta situação e o problema social que o encerramento vai criar”, critica.
A CDU, pela voz de Cláudia Martins, já havia defendido também “a intervenção directa” do ministro das finanças nesta situação, por considerar que o banco desempenha “um serviço público fundamental” para a localidade. Sobre o fecho da agência o banco continua a não tecer quaisquer comentários.

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