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Lezíria do Tejo com plano para combater insucesso e abandono escolar
Projecto pioneiro a nível nacional entra em vigor no próximo ano lectivo nos municípios da CIMLT

Lezíria do Tejo com plano para combater insucesso e abandono escolar

Novo projecto educativo promovido pela comunidade intermunicipal vai implementar práticas pedagógicas comuns em dez municípios durante três anos. Salas do futuro, aulas na natureza e em contexto cultural e um laboratório móvel são algumas das novidades.

Aulas no campo e no contexto cultural e ‘bootcamps’ (campos de férias de inspiração militar) em Tancos são algumas das medidas a serem implementadas em 19 agrupamentos de escolas de 10 municípios da Lezíria do Tejo no âmbito do Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar da Lezíria do Tejo (PIICIE LT) promovido pela Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT). O objectivo é reduzir e prevenir o abandono escolar nesse território. O projecto conta com um financiamento de cerca de 4,3 milhões de euros do Fundo Social Europeu.
Trata-se de um projecto pioneiro a nível nacional que entra em vigor no próximo ano lectivo e tem, para já, uma duração de três anos. Rio Maior é o único município da Lezíria do Tejo fora deste plano, já que se adiantou com a candidatura de um projecto próprio nessa área. No total, estarão envolvidas 155 escolas e mais de 26 mil alunos desde o pré-escolar ao ensino secundário dos municípios de Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Salvaterra de Magos e Santarém.
A apresentação do plano decorreu no dia 14 de Junho, no Convento de São Francisco, em Santarém. Para o presidente da CIMLT, Pedro Ribeiro, fugindo de uma área de intervenção tradicional dos municípios - até aqui vocacionados para a melhoria dos equipamentos escolares -, este projecto procura assegurar que o ensino público tenha todos os recursos para ser “de qualidade” e “não excluir ninguém”.
Quanto ao insucesso escolar, diz que não tem nada a ver nem com os alunos nem com os professores, mas com factores externos à escola. É por isso, refere, que é necessário envolver toda a comunidade. “Não vamos fazer milagres mas queremos que a longo prazo os resultados sejam positivos e os jovens sejam felizes”, afirma Pedro Ribeiro.
O primeiro secretário da CIMLT, António Torres, afirmou que o plano inclui um levantamento da oferta formativa existente ao nível do ensino profissional e das necessidades sentidas pelas empresas da região, com o objectivo de, a prazo, adequar os cursos à oferta de emprego. Acrescentou que o projecto tem garantida uma segunda fase, uma vez que a candidatura contempla um total de cinco milhões de euros.

Bootcamps, aulas na natureza e acompanhamento psicológico
Em termos práticos, cada município responsabiliza-se pela implementação de acções que integram dois eixos: a educação positiva e a educação pela inovação, através da constituição de uma Equipa Multidisciplinar de Intervenção Comunitária (EMIC) que vai trabalhar em todos os agrupamentos de escolas e será constituída por um psicólogo, um educador social, um assistente social e um animador sociocultural.
Na parte da educação positiva, o projecto vai oferecer aos alunos sessões de mentoria para o 2.º e 3.º ciclos, uma academia inteligência para apurar a parte emocional dos jovens, ‘bootcamps’ de cinco dias, oficinas criativas para melhorar a concentração e acompanhamento psicológico para algumas famílias.
Em relação à educação para a inovação serão implementadas salas do futuro em cada agrupamento de escolas, aulas na natureza e em contexto cultural e um laboratório móvel que se deslocará às várias escolas abrangidas por quatro a cinco dias.

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