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Vila Franca de Xira despede-se à força da Volta a Portugal em bicicleta

Organização mudou a rota da prova velocipédica e deixou a cidade ribatejana de fora

O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, estava na disposição de “pagar o que fosse pedido” à organização da Volta a Portugal em bicicleta para que esta continuasse a passar no concelho mas nem assim foi possível chegar a acordo. Tudo porque a organização da volta virou as agulhas para norte e evita, na totalidade, a passagem por Lisboa este ano e no próximo. Como Vila Franca de Xira está às portas da capital acabou por levar por tabela e não teve sequer hipótese de mudar a ideia aos organizadores.
“Estamos muito disponíveis para que a Volta venha à nossa cidade mas ela hoje decidiu ter outro trajecto em que não é adequado vir a Vila Franca. Eram investimentos altíssimos que eram pedidos e mesmo assim queríamos pagar, mas a organização entendeu que vai para outros lados. Temos pena mas é o que é”, lamentou o autarca na última semana.
António Félix, vereador com o pelouro do desporto e um adepto do ciclismo, explica que a Volta tem este ano um figurino de 10 dias e avisa que “se calhar” em 2019 também não haverá volta a passar no concelho porque a prova termina na cidade do Porto. “Para mim é uma grande tristeza mas não é fácil fazer a organização mudar de ideias”, afirmou.
O assunto veio a lume depois da vereadora Cláudia Martins (CDU) ter lamentado que Vila Franca de Xira, terra com grande passado e história no ciclismo, não tivesse sido opção para local de passagem ou partida este ano.
No ano passado a cidade recebeu a partida da primeira etapa, que percorreu a região do Ribatejo e que levou milhares de pessoas às ruas para apoiar os atletas. 2017 foi também o terceiro ano em que Vila Franca de Xira acolheu a Volta, dos três que foram protocolados com a Podi1, entidade organizadora do evento e que custou aos cofres municipais um total de 137.500 euros.
O protocolo previa, recorde-se, a partida da última etapa da Volta, em 2015, a partida do contra-relógio final da prova em 2016 e, em 2017, a partida da primeira etapa. A verba total foi amortizada em três tranches ao longo dos três anos: 50 mil euros no primeiro e segundo anos e 37.500 euros em 2017. A etapa ribatejana, com 203 quilómetros, arrancou de Vila Franca de Xira e rumou ao Carregado, Azambuja, Cartaxo e Santarém, continuando por Alpiarça, Almeirim, Salvaterra de Magos, Benavente e Samora Correia, terminando em Setúbal depois de uma subida à Serra da Arrábida.

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