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Jovem do Porto Alto quer singrar no mundo do automobilismo
Rui Silva é um nome em ascensão no automobilismo nacional

Jovem do Porto Alto quer singrar no mundo do automobilismo

Rui Silva venceu a primeira corrida do Kia Picanto GT Cup, no Racing Weekend de Vila Real. O piloto de Porto Alto, Benavente, ainda júnior, saiu vencedor da geral após luta renhida. As dificuldades orçamentais são o grande obstáculo no caminho do jovem.

O jovem piloto do Porto Alto, Rui Silva, venceu a primeira corrida do Kia Picanto GT Cup, no Racing Weekend de Vila Real, realizada a 23 de Junho. Antes já conquistara também um segundo lugar na prova da Falperra (Braga), ao volante do Kia Picanto, e foi campeão nacional de karting em 2006 e quatro vezes campeão regional.
Depois da vitória em Vila Real cresceu a vontade de continuar a competir. Rui Silva diz ter sentido um “orgulho tremendo”, pois uma vitória era algo que idealizava desde criança. “Ter um circuito inteiro a aplaudir-me foi um êxtase enorme. É viciante e daqui para a frente só quero poder continuar a receber estes louvores”, diz o piloto.
No entanto, na realidade actual não prevê que isso seja possível já na próxima época, pois o orçamento disponível ainda é muito reduzido para que o piloto possa suportar os custos do desporto automóvel. Teme que a paragem seja necessária, mas por muito que lhe custe diz estar mentalizado para esse cenário. A esperança é que esta vitória seja “uma rampa de lançamento para o futuro” e que haja mais patrocinadores interessados em investir no jovem piloto.

Treinos são feitos em simulador porque sai mais barato
É em frente a um computador e com um volante nas mãos, que o piloto se prepara para as corridas. Para a última prova passou 16 horas a treinar em simulador e apenas 1h30 em pista.
Acredita que para se ser um bom piloto tem de se passar muitas horas a treinar, preferencialmente dentro de um carro e numa pista, mas os custos elevados obrigam-no a optar pelo simulador. “Só para treinar cinco horas em pista precisava de 3 mil euros. O simulador faz parte de um patrocínio e é bastante real. Consigo transmitir todas as sensações do carro para a condução, mexer no Setup, buscar trajectória e pontos de travagem e até simular a temperatura externa. Só não tenho uma sensação da velocidade tão realista. Para se ser o mais rápido é preciso ter um bom carro e poder treinar. O que me faz ficar pelo caminho é não ter verba para poder continuar”, conclui.

Começou a treinar no carro da mãe

O seu pai, Armando Silva, foi quem lhe passou o gosto pelas corridas. Recorda que desde criança sonhava ser piloto enquanto estava sentado no sofá a ver corridas de Fórmula 1. O primeiro carro modificado que conduziu foi o Renault Clio da sua mãe, Rosa Ferreira. “Eu e o meu pai fizemos algumas alterações e ela não achou muita piada”, conta.
Antes disso já treinava desde os 11 anos em kart, um modelo que considera ser “a maior escola possível, pois ensina a pilotagem e a maneira de estar num carro de corridas”. Os seus pais foram desde o início o seu maior apoio emocional e financeiro. Reconhece-lhes o esforço, que sempre fizeram, para que pudesse triunfar num desporto que “ainda não é muito reconhecido em Portugal, por patrocinadores”. Rui Silva volta às corridas nos dias 14 e 15 de Julho na Rampa do Caramulo.

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