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Já começou a reparação do polémico açude de Abrantes
O primeiro açude insuflável construído em Portugal foi inaugurado em Junho de 2007

Já começou a reparação do polémico açude de Abrantes

Estrutura foi desactivada em 2014 devido às obras na ponte rodoviária sobre o Tejo e entretanto foi alvo de vandalismo.

As obras no açude insuflável de Abrantes, que se encontra fora de serviço desde 2014 e que foi alvo de vandalismo, arrancaram na quinta-feira, 5 de Julho. Os trabalhos da primeira fase vão reparar os vãos 3 e 4 do açude, sendo o prazo de execução previsto de 90 dias. A intervenção está adjudicada à empresa Construmação – Construções e Terraplanagens, Unipessoal, Lda. pelo valor de 146 mil euros.
A empreitada consta da construção de um aterro, a partir da margem direita do rio Tejo, para colocação de ensecadeiras (dispositivos utilizados para a contenção temporária da acção das águas em superfícies escavadas), a montante dos vãos a reparar. É uma intervenção preparatória para uma segunda intervenção que envolve trabalhos de inspecção e reparação das comportas insufláveis dos vãos 3 e 4 do açude, tendo em vista a resolução de fugas de ar na comporta do vão 3 e a reparação do rombo ocorrido na comporta do vão 4, na sequência de actos de vandalismo.
O açude insuflável em Abrantes foi desactivado na sequência das obras na ponte rodoviária sobre o Tejo em Abrantes, que começaram em Setembro de 2014 e duraram quase dois anos. Em Julho de 2016,
O MIRANTE noticiava que o açude tinha sido alvo de actos de vandalismo que acabaram por danificar a estrutura e impediam que esse equipamento fosse reactivado.
O vice-presidente da Câmara de Abrantes, João Gomes, explicou na altura aos jornalistas que “a autarquia só deu pelo problema quando foi notificada pela Infraestruturas de Portugal (IP) que já podia insuflar o açude”, após terem sido concluídas as obras na ponte. “O que fizeram foi furar um tubo na zona da manga do vão do açude”, explicou o vereador.

Sistema passa-peixe ineficaz e sem licença
O açude insuflável suscitou alguma controvérsia desde o seu anúncio e tem sido notícia ao longo dos anos por razões negativas, relacionadas com actos de vandalismo e também com problemas no sistema passa-peixe. Recorde-se que, em Abril de 2015, milhares de peixes de diversas espécies que tentavam ultrapassar o açude para continuarem a subir o Tejo e desovar morreram encurralados numa zona labiríntica de cimento construída com o açude e denominada passa-peixe.
Um sistema que foi construído sem licenciamento informava o Ministério do Ambiente em Setembro de 2009 em resposta a um requerimento apresentado pela deputada Alda Macedo, do Bloco de Esquerda.

Uma obra de 10 milhões de euros

O primeiro açude insuflável construído em Portugal foi inaugurado a 16 de Junho de 2007 pelo então primeiro-ministro José Sócrates. A intenção da Câmara de Abrantes, à época liderada pelo socialista Nelson Carvalho, foi criar um amplo espelho de água – o chamado “mar de Abrantes” - para atrair mais turismo para o concelho. O investimento de dez milhões de euros constituiu uma obra única em Portugal, com tecnologia importada do Japão.

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