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Plano de Acção Tejo Limpo para evitar episódios de poluição no futuro

Projecto tem um volume de investimento na ordem de dois milhões e meio de euros, financiado através do fundo ambiental e que se estende pelos próximos quatro anos. Governo quer garantir mais fiscalização e inspecção.

O Governo aprovou no dia 5 de Julho, em Conselho de Ministros, o Plano de Acção Tejo Limpo, que vai permitir aprofundar o conhecimento da situação real da bacia hidrográfica do rio de forma a evitar episódios de poluição no futuro. No final de Janeiro, um manto de poluição atingiu o rio Tejo, em Abrantes, pondo o assunto na ordem do dia.
Em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, o ministro do Ambiente João Pedro Matos Fernandes explicou que o plano, que representa um investimento de 2,5 milhões de euros, é a terceira fase de um plano que tem vindo a ser levado a cabo desde o início do ano, depois do “fenómeno agudo de poluição” registado a 24 de Janeiro no rio Tejo na zona de Abrantes e de “muitos outros que o antecederam”.
De acordo com o ministro, depois da primeira fase, que foi de “estancar e resolver os problemas de poluição e passar novas licenças às entidades potencialmente poluentes para garantir uma maior qualidade no tratamento dos efluentes”, inicia-se agora a terceira fase. A segunda fase, indicou, é aquela que “ainda está em curso, com a remoção das lamas no Tejo em frente a Vila Velha de Rodão”.

Contratação de cinco vigilantes da natureza
“De forma a garantir que a impunidade acabou e que os riscos de poluição são menores será feita ainda a contratação de cinco vigilantes da natureza, resgatando a natureza dos ‘velhos’ guarda rios que serão os primeiros olhos de agentes dissuasores”, disse João Matos Fernandes.
“Neste momento, a água no Tejo está boa. No dia 24 de janeiro, o valor de oxigénio dissolvido na água era de 1,1 miligramas por litro, com um miligrama atinge-se a situação de anoxia - ausência de oxigénio para haver vida no Tejo - e hoje com algumas oscilações não há nenhum ponto no rio Tejo que esteja a menos de seis/sete miligramas por litro, quando o limiar mínimo de água de qualidade é de cinco miligramas por litro de oxigénio”, declarou o governante.
De acordo com o ministro, a terceira fase contempla ainda a construção de uma plataforma tecnológica que vai congregar toda a informação gerada sobre a qualidade da água do Tejo, “mesmo aquela que será tornada pública do autocontrolo vindo das empresas”.
“Já temos duas estações automáticas a funcionar”, revelou o ministro, adiantando que o Governo quer mais componentes de monitorização da qualidade da água, “desde Perais onde o Tejo entra em Espanha, até ao próprio estuário do Tejo”, além de uma maior capacidade de fiscalização e inspecção, que passará pela aquisição de equipamento como embarcações e viaturas todo o terreno, assim como de material analítico.

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