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Quem faz a sorte são os toiros e as rezas
Filipe Gonçalves

Quem faz a sorte são os toiros e as rezas

Uma conversa sobre crenças com os cavaleiros que vão actuar na Corrida O MIRANTE no Campo Pequeno

Na quinta-feira, 19 de Julho, Francisco Palha já terá rezado muito ao longo do dia quando entrar na arena para a Segunda Grande Corrida
O MIRANTE no Campo Pequeno. O mais novo do cartel da corrida de três cavaleiros em fases artísticas diferentes acredita que é preciso chamar a sorte se quisermos que esta esteja presente em cinco ou dez por cento do que nos acontece na vida. E para a chamar, para que ela esteja presente na sua vida e nas suas actuações, o cavaleiro de Vila Franca de Xira reza e reza e reza muito.
Francisco é dos três cavaleiros o que mais se agarra ao divino, à religião, a Deus. Porque “para ter sorte há que rezar muito e ter muita fé, todos os dias”. Os outros dois não ligam muito a crenças e depositam a sorte na lide nos toiros. Se eles forem bons e investirem então é uma sorte. O algarvio Filipe Gonçalves é que não liga mesmo nada a superstições. Não tem rituais e nem quer ouvir falar em amuletos, objectos da sorte, ou até cores. “A sorte está nos toiros que se não saírem a investir só arranjam problemas e azares”.
Luís Rouxinol, o cavaleiro mais velho do cartel, também acredita que são os toiros que mandam na sua sorte. “Não sou dos cavaleiros mais supersticiosos”. Mesmo assim, o toureiro que nasceu numa terra de nome celestial, Santo Isidro de Pegões, Montijo, confessa que apesar de não lhes dar demasiada importância, evita deixar o tricórnio em cima da cama e entra sempre com o pé direito na praça. Mais terra-a-terra, Filipe Gonçalves diz que o que lhe acontece só depende dele e realça que não se pode ligar muito às coisas da sorte senão tudo é superstição.
Crenças à parte, numa coisa estão todos de acordo: esta corrida com início às 21h45 tem todos os condimentos para uma noite memorável. Os cavaleiros esperam bons toiros de uma ganadaria que bem conhecem, reconhecem e admiram, o que vai fazer aumentar a competitividade e emoção nas lides de artistas com três graus de carreira. Luís Rouxinol, o mais velho e mais conhecido, Filipe Gonçalves que tem vindo a crescer e a marcar o seu nome junto dos aficionados e Francisco Palha que é o mais novo e que tem vindo a conquistar terreno. Gonçalves resume: “São três degraus de artistas que têm de provar que estão cá”.
Luís Rouxinol está preparado para o que vai enfrentar por parte de Palha e Gonçalves. “Vão querer apertar comigo, mas não vou deixar”. Filipe Gonçalves não faz futurologia quanto a quem vai triunfar, mas acredita que esta corrida “vai ficar na memória dos aficionados”, porque tem todos os ingredientes para ser uma corrida importante na praça mais importante do país. O cavaleiro vai apresentar novidades na sua lide, ao experimentar actuar com dois dos três novos cavalos que tem vindo a preparar. Porque “as pessoas também gostam de ver cavalos novos”.
Francisco Palha, que também elogia uma ganadaria que tem “toiros que pedem contas aos toureiros”, diz que é importante meter “emoção e transmissão no que se faz” e é isso que vai praticar na corrida, contribuindo para um expectáculo de excelência.

Quem faz a sorte são os toiros e as rezas

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