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Benavente no país das maravilhas

Benavente no país das maravilhas

Jardim da Fateixa foi invadido no sábado por muita música e fantasia. Terceira edição do BenasVilla remeteu para o imaginário do clássico da literatura “Alice no País das Maravilhas”. O MIRANTE esteve lá e falou com dois DJ da região que deram música aos visitantes.

O Jardim da Fateixa, em Benavente, transformou-se este sábado, 14 de Julho, num autêntico país das maravilhas ao som passado por vários DJ do concelho (Alexander Fluxx, João Ildefonso, AfricanGroove e MasterJack) e ainda pelo vilafranquense John Goulart, pelo cabeça de cartaz Diego Miranda e, em confirmação de última hora, o DJ brasileiro WAO.

DJ John Goulart de Vila Franca de Xira

John Goulart tem 25 anos e foi o único DJ vilafranquense que actuou no BenasVilla. Apesar de muito novo, esta é segunda vez que actuou em Benavente e já anda nesta vida de misturar músicas há seis anos.
Iniciou-se nessa actividade no Soho, um bar de Vila Franca de Xira que fechou as portas há pouco tempo, onde muitos outros profissionais da arte começaram. O convite surgiu de um dos gerentes do espaço e rapidamente começou a trabalhar no bar como DJ residente mensal. Mas a casa da avó é o local onde reside o segredo desta paixão pela mistura de música.
Já viajou pelo país para passar a sua música electrónica comercial. A experiência de actuar nas festas do Colete Encarnado da sua terra, foi uma das melhores, porque entrou no palco a tremer e saiu de lá de coração cheio. “Tenho uma imagem que não esqueço que é cheia de pessoas, à minha frente, para me verem tocar”, recorda, dizendo que ainda fica arrepiado quando vê as fotografias daquela actuação.
Quando fala de Vila Franca de Xira, sente-se que tem um grande apego à terra que o viu nascer: “Digo a toda a gente que Vila Franca é a melhor terra do mundo. É uma terra bonita e interessante. Temos uma ponte e uma lezíria lindíssimas ao nascer e ao pôr-do-sol, embora eu seja suspeito porque sou vilafranquense”.
Benavente é outra localidade que merece o seu carinho. John Goulart acabou o mestrado em Gestão de Recursos Humanos, dá apoio escolar a alunos de primeiro ciclo e até já levou a mesa de mistura para mostrar às crianças o que faz em part-time. Confessa que adora trabalhar com crianças, pois sente que todos os dias, além de ensinar, aprende com elas.
Quanto a voar alto nesta profissão, fá-lo, mas de pés no chão. A intenção é seguir o seu percurso profissional na área dos Recursos Humanos e continuar, paralelamente, a tocar.
À pergunta se os DJ são artistas, Jonh Goulart responde: “Considero que um DJ é um artista. A arte maoir é saber ler a pista e saber quem temos à frente”.

Ruben Figueiredo é de Benavente e é presença habitual no BenasVilla

AfricanGroove, um dos DJ de Benavente que esteve presente nesta e nas edições anteriores, falou a O MIRANTE e disse que é sempre com um prazer enorme que participa no BenasVilla, já que está a passar música para as pessoas da sua terra.
Ruben Figueiredo, 34 anos, é AfricanGroove há quinze. A paixão pela música começou por influência do avô, que coleccionava discos e cassetes. Depois foi DJ na rádio da escola e o acaso levou-o às mesas de mistura. Um amigo, que actuava no bar Sobre Margem, em Benavente, ficou indisposto e pediu-lhe para o substituir numa noite, Ruben aceitou e até hoje continua a misturar música para o público.
AfricanGroove está mais ligado a sonoridades do house music, mas no carro ouve soul, blues e rythm and blues (R&B). Costuma e gosta de actuar em todo o lado, mas diz que é o momento que faz a noite: “Há momentos que são especiais, há outros que têm muita gente e às vezes não são tão especiais”.
Quanto ao público, diz que passar música para as pessoas de Benavente é sempre especial, porque foi ali que cresceu e sempre o apoiaram: “Acho que eles também são um pouco responsáveis por me fazerem acreditar que era possível”.
Ruben Figueiredo já concretizou o sonho de ter a sua própria editora, a Afro Visions, e é DJ residente na rádio RES.FM, de Almeirim. O AFRO.RES é o seu programa semanal. Mas como não é a realização de um sonho que o faz parar de sonhar, os projectos não param e quer desenvolver essa experiência na rádio, de forma a ter um programa falado e inteiramente misturado por ele. Além disso, quer entrar mais a sério no mercado da afro house, que é mais o seu estilo de música. Tem músicas novas quase a “sair cá para fora”, como refere, com algumas colaborações especiais. Agora é esperar para ouvir.

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