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Casal e patrulha da GNR à pancada numa operação Stop

Casal e patrulha da GNR à pancada numa operação Stop

Caso passou-se em Foros de Almada, concelho de Benavente. Altercação aconteceu quando militares do posto de Benavente tentavam deter condutora sem carta e numa moto 4 sem seguro nem matrícula. Com a chegada do marido desta ao local a situação descontrolou-se. Guarda diz que agiu em auto-defesa e casal fala em abuso de autoridade.

Um casal de Foros de Almada, concelho de Benavente, e uma patrulha da GNR, envolveram-se em agressões numa operação Stop junto ao centro social da aldeia. Esmeralda conduzia uma moto 4 quando foi mandada parar. A situação descontrolou-se quando o marido da condutora, que entretanto foi chamado ao local, se insurgiu contra a detenção desta por não possuir carta de condução. O comando territorial de Santarém da GNR confirma as agressões mútuas, mas garante que os guardas agiram em auto-defesa e só usaram a força necessária. O casal prepara-se para apresentar queixa na justiça.
O caso passou-se na tarde de domingo, 5 de Agosto, no centro da localidade, depois de Esmeralda ter ido dar uma volta na mota para uma estrada de terra batida com o enteado, de seis anos de idade. A moto não tinha seguro obrigatório nem matrícula e a única coisa que estava bem era o facto de os dois ocupantes usarem capacete. Os guardas pediram à condutora que chamasse alguém para ficar com a criança, já que ia ser detida e a moto 4 iria ser apreendida. Esmeralda chamou o marido, Paulo Relvas, 34 anos, que apareceu de carro, tendo havido uma troca de palavras mais exaltada com os militares.
A versão da GNR é de que os militares tentaram algemar Paulo Relvas por este estar bastante exaltado e desencadeou-se uma situação de agressões mútuas, até ser imobilizado no chão. Refere o comando territorial que Esmeralda “saltou para as cavalitas” de um dos guardas, tentando impedi-lo de algemar o companheiro. O casal acabou detido. Paulo por resistência e coacção a agente da autoridade e Esmeralda por condução sem habilitação legal.
O casal queixa-se de abuso de autoridade e diz que tem testemunhas que assistiram. “Atiraram-me ao chão, deram-me socos, fizeram-me um “mata-leão” [aperto imobilizador do pescoço] e vi-me aflito”, recorda Paulo Relvas. Foi durante este ponto que a viatura de Paulo ficou danificada, quando os militares o tentaram controlar e o empurraram contra o carro. “Falaram para nós à má fila, como se fossemos criminosos, o que eles fizeram nem aos animais se faz. Havia gente na rua indignada com o comportamento deles, a baterem-nos com a criança a ver tudo”, lamenta o casal.
O casal foi assistido no Hospital Vila Franca de Xira com ferimentos na face e pescoço e a Guarda refere que os militares também ficaram com marcas físicas e um deles ficou com os óculos partidos.

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