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Diabetes não controlada pode conduzir à morte

Diabetes não controlada pode conduzir à morte

Núcleo de Diabetes do Hospital de Santarém promove a educação terapêutica junto dos pacientes. O serviço de diabetologia é assegurado por oito médicos que garantem cerca de três mil consultas por ano. Directora do serviço diz que sensibilizar a população para os malefícios da ingestão excessiva de sal e de açúcar é mais importante que aumentar os impostos sobre determinados produtos alimentares.

A responsável pelo Núcleo de Diabetes do Hospital Distrital de Santarém, Cristina Esteves, revelou a O MIRANTE
que essa unidade acompanha cerca de 1.700 a 1.800 doentes por ano. O serviço de diabetologia é assegurado por oito médicos que garantem cerca de três mil consultas anuais. “Cerca de 90% dos doentes chegam à consulta num estado muito avançado da doença”, refere.
A mesma médica acrescenta que “são doentes com problemas gravíssimos, alguns são hipertensos, outros já sofreram enfartes, há os que estão em status pós-amputação, ou com retinopatias graves, ou ainda com insuficiência renal já diagnosticada”. De acordo com a responsável pelo Núcleo de Diabetes, os mais jovens, normalmente, são diabéticos tipo 1, isto é, insulinodependentes para toda a vida, mas a maior parte dos pacientes apresentam diabetes do tipo 2, com complicação em algum órgão e em estado muito avançado da doença.
Adelaide Figueiredo, interna de medicina interna, faz assistência ao doente diabético no Hospital de Santarém e reforça a importância do diagnóstico precoce “para os doentes não chegarem a um estado avançado da doença e para prevenir complicações em órgãos alvo”. “Uma diabetes não diagnosticada, não controlada, com um nível metabólico desregulado e elevados níveis de glicose no sangue, tem um maior risco de complicações e pode conduzir à morte”, esclarece a médica.
Para Cristina Esteves, a proposta governamental de agravar os impostos sobre os produtos com excesso de açúcar é muito impopular. É uma medida adicional mas o que deve ser feito verdadeiramente é aplicar medidas de consciencialização. Explicar à população em geral os malefícios da ingestão do sal e do açúcar. “Aqui no Núcleo de Diabetes tentamos fazer uma educação terapêutica. Investimos em esclarecer os nossos doentes. Costumo dizer que doentes que usam açúcar são proibidos na minha consulta”, remata a médica.

Farmácias da região identificam utentes com risco de diabetes

Acção decorreu no âmbito do Desafio Gulbenkian “NÃO à Diabetes!”

Quarenta e cinco farmácias do distrito de Santarém encaminharam 310 utentes, com risco moderado a muito alto de diabetes, para o seu médico de família. O número total de registos efectuados nos 13 concelhos envolvidos (Alcanena, Almeirim, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Ferreira do Zêzere, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém, Tomar e Vila Nova da Barquinha) foi de 764, sendo que 62,2% dos casos foram encaminhados para os respectivos centros de saúde.
Esta referenciação decorreu no âmbito do Desafio Gulbenkian “NÃO à Diabetes!”, realizado entre 14 de Novembro de 2017 e 1 de Maio de 2018. O objectivo da acção é informar e prevenir o desenvolvimento de diabetes tipo 2, uma doença com elevados custos para o Serviço Nacional de Saúde.
A nível nacional, o projecto envolveu 383 farmácias de 64 municípios, avaliando um total de 8.112 utentes. A referenciação de mais de metade dos portugueses examinados nesta campanha deu origem a cerca de duas mil consultas médicas. Foram diagnosticados 190 doentes que desconheciam ser diabéticos.

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