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Festival Bons Sons é um amor de Verão entre população e festivaleiros
Aldeia de Cem Soldos enche-se de visitantes durante o festival Bons Sons

Festival Bons Sons é um amor de Verão entre população e festivaleiros

Festivaleiros misturam-se com residentes de Cem Soldos em mais um festival de música, que decorreu entre 9 e 12 de Agosto, nesta aldeia do concelho de Tomar. “Há uma relação afectiva entre os visitantes e o próprio espaço da aldeia que este ano dedica o festival a esse “Amor de Verão” com a população a envolver-se em mais um projecto para receber os festivaleiros”, disse Luís Ferreira, da organização do Bons Sons.
“É bom para a nossa terra, é outro convívio e até agora não temos nenhuma razão de queixa das pessoas que vieram até agora. Alguns são um pouco estranhos, mas tudo gente boa”, conta a senhora mais velha da aldeia, a D. Marília com 95 anos enquanto assiste da janela da sala da sua casa ao concerto do projecto “Tia Graça – toda a gente devia ter uma”, no palco Amália, junto à igreja.
Jovens, menos jovens, famílias, são muitos os que vão ao festival que é diferente de todos os outros. Para os proprietários dos cafés da aldeia a realização do festival é excelente e ajuda bastante ao negócio. Vítor Cartaxo é filho da proprietária do café a Tonita, no centro da aldeia, e quando chegam os dias do festival toda a família trabalha. “Trabalho eu, os meus pais e os meus tios, que vêm ajudar nesta altura”, conta a
O MIRANTE. “No resto do ano é só a população da aldeia, mas nestes dias tem de se trabalhar muito e nem sequer dá para assistir aos concertos”, diz Vítor, enquanto tira mais uma imperial.
“Para estes dias de festa não há nenhuma preparação especial a não ser reforçar muito o stock”, conta o proprietário do café Aliquete, André Moreno, que acrescenta que o festival se devia realizar de seis em seis meses, tanto pelo negócio como pelo convívio”. O truque para aguentar os quatro dias é dormir bem nos dias anteriores.

Festivaleiros esgotam loiça comestível em poucas horas

Sabem a farelo e no Festival Bons Sons souberam a pouco os pratos comestíveis que se esgotaram logo na primeira tarde. No quintal “Aleluia”, o jantar começou por incluir a louça “comestível que toda a gente quis provar”, mas, disse Valentim Alves, responsável pelo espaço das comidas, “a procura foi tanta que os pratos se acabaram em poucas horas”.
Produzida pela empresa polaca Biotrem, a louça biodegradável foi este ano introduzida a título experimental no Bons Sons, mas os “cerca de 500 kits de prato e talheres” desapareceram “em poucas horas”, acrescentou o responsável por um dos espaços de restauração dinamizados pela organização do festival.
A organização do Festival, o Sport Club Operário de Cem Soldos (SCOCS), admite que “no próximo ano, em todo o festival, só seja mesmo possível comer neste tipo de louça”, adiantou Valentim Alves, considerando que “o investimento é elevado, mas vale a pena em termos da redução de plásticos no recinto”.

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