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Colónia balnear da Nazaré continua ao abandono

Colónia balnear da Nazaré continua ao abandono

Edifício está fechado há mais de uma década e sem qualquer aproveitamento. Património da nova Associação de Municípios do Vale do Tejo tem vindo a degradar-se e os projectos de reabilitação tardam em sair do papel.

Casa de férias de muitas crianças ribatejanas carenciadas durante décadas, a Colónia Balnear da Nazaré já há muitos anos que não recebe as tropelias e os risos da pequenada. Propriedade da Associação de Municípios do Vale do Tejo, constituída em Novembro de 2014 e que sucedeu à extinta Assembleia Distrital de Santarém, anterior dona desse património, o imóvel está hoje degradado e ao abandono mas não têm faltado projectos e intenções com vista à sua reabilitação.
Quando o ex-presidente da Câmara de Torres Novas, António Rodrigues, liderou a Assembleia Distrital de Santarém, falou-se de um projecto para reabilitação do imóvel, cujas obras estavam estimadas em 2,5 milhões de euros. A empreitada devia ser candidatada a fundos comunitários para tentar colocar de novo o imóvel ao serviço da população. Mas nada aconteceu...
Entretanto o mundo mudou muito e a Nazaré também mudou alguma coisa. E, para além da reabilitação e reactivação da colónia balnear para a sua missão social, começaram a surgir ideias como a criação nesse complexo de uma unidade hoteleira de alguma qualidade e também de um silo para estacionamento automóvel, por forma a rentabilizar aquele património. Obras que poderiam atingir os 10 milhões de euros.
O elevado montante previsto, mesmo que comparticipado por fundos europeus, levou alguns autarcas a torcer o nariz. E o projecto, para já, deve passar apenas pela reabilitação da colónia balnear. Mas deixando em aberto a possibilidade de se criarem novas valências que rentabilizem aquele espaço, situado numa zona provilegiada da Nazaré.

Paulo Queimado em silêncio
O MIRANTE tentou obter mais esclarecimentos sobre o projecto junto do presidente da direcção da Associação de Municípios do Vale do Tejo, Paulo Queimado (PS), também presidente da Câmara da Chamusca, mas o autarca não respondeu aos nossos contactos.
Já o presidente da assembleia-geral da Associação de Municípios do Vale do Tejo, Miguel Borges (PSD), também presidente da Câmara de Sardoal, referiu que há um projecto para reabilitar a colónia balnear que ainda não está fechado e que pode contemplar várias possibilidades. Ressalvou no entanto que não sabe se houve alguns avanços nos últimos tempos por parte da direcção. O autarca diz ainda que o assunto tem sido debatido em assembleias-gerais da associação.
“Estamos a trabalhar e uma das nossas preocupações é dar um destino àquele edifício histórico a que tantos ribatejanos têm uma ligação afectiva e histórica, por ali terem passado férias”, disse a O MIRANTE Miguel Borges.
Também Pedro Ribeiro (PS), presidente da Câmara de Almeirim e da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, diz que a intenção é colocar o edifício a funcionar o mais depressa possível. “Esse é o meu sentimento enquanto presidente da Câmara de Almeirim e acho que os meus colegas pensam o mesmo”, disse.

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