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O povo da Branca saiu à rua para ver o primeiro-ministro

O povo da Branca saiu à rua para ver o primeiro-ministro

A aldeia do concelho de Coruche recebeu pela primeira vez o chefe de um Governo, a pretexto da inauguração do Núcleo Escolar da localidade. A população deixou alguns recados a António Costa através de O MIRANTE.

O primeiro-ministro e o ministro da Educação voltaram por breves momentos aos bancos da escola durante a inauguração do Núcleo Escolar da Branca, concelho de Coruche, na sexta-feira, 14 de Setembro. António Costa e Tiago Brandão Rodrigues não aprenderam nada de muito relevante nesse momento encenado para a fotografia, mas os alunos e restante população da freguesia não vão esquecer tão cedo o dia em que puderam conviver com os políticos que visitaram pela primeira vez a localidade.
Idalina Barreiras, 74 anos, fez questão de esta presente na inauguração. A reformada foi das muitas pessoas que não deixou o primeiro-ministro ir embora sem um beijinho e uma fotografia para a posteridade. “Fui convidada pelo presidente da câmara já que faço parte de um grupo de avós aqui na Branca”, conta sorridente, admitindo que o novo centro escolar, por fora, podia estar um pouco melhor, pois o piso não é o mais correcto para uma escola.
E porque não teve oportunidade de falar com António Costa, deixou um recado ao primeiro-ministro através de O MIRANTE. “Tenho uma casa toda a cair e não tenho ninguém que me ajude. Já pedi uma vez ajuda à câmara e não foi aceite, mas aguardo que alguém me possa auxiliar porque não tenho condições para pagar os arranjos”, revela Idalina Barreiras.
Preocupado com o futuro da freguesia e sem ter conseguido falar com António Costa, também Hermes Vilela faz questão de deixar uma mensagem ao político por
O MIRANTE. “Espero que o Governo comece a investir nas zonas mais no interior do país, porque os jovens, se não tiverem trabalho, são obrigados a ir viver para o litoral ou mesmo a emigrar. O que é uma pena para a Branca”, admite o soldador de 37 anos.
Hermes Vilela é pai de uma criança que entrou para o 1.º ano de escolaridade e aproveitou o dia para acompanhar o filho na sua escola nova e ver ao vivo pela primeira vez o primeiro-ministro. “Acho que o centro escolar tem todas as condições para que as crianças possam ter um melhor desempenho escolar. Já faltava um edifício destes na freguesia”, confessa.
A mesma opinião é partilhada por João Fonseca. Pai de dois filhos e a residir na Branca, o bombeiro dos Sapadores de Lisboa confessa que há muito que a terra já necessitava de um estabelecimento escolar novo e com todas as condições para as crianças. Em dia de folga e a aproveitar para acompanhar os filhos de quatro e sete anos de idade e ver o primeiro-ministro, o bombeiro de 52 anos adianta que muito tinha para dizer a António Costa caso tivesse oportunidade para tal. O tema seria, com certeza, os bombeiros. Uma classe desprotegida e em que ainda há muito para se fazer a nível da carreira.

O povo da Branca saiu à rua para ver o primeiro-ministro

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