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Obras no cemitério de Vila Franca de Xira vão custar milhões

Obras no cemitério de Vila Franca de Xira vão custar milhões

Presidente do município admite que o espaço precisa de uma intervenção séria há décadas. Muros de contenção de terras estão em mau estado e a precisar de uma intervenção profunda. Estão a ser criadas faixas de segurança junto à estrutura, onde deixaram de se fazer enterramentos.

O cemitério de Vila Franca de Xira precisa de um investimento avultado de “muitos milhões” de euros, especialmente para recuperar os seus muros de contenção de terras, que estão em mau estado e em situação precária. A opinião é do presidente do município, Alberto Mesquita (PS), que falou sobre o assunto na última reunião pública de câmara depois de questionado pela oposição sobre o processo em curso de tomada de posse administrativa das campas e jazigos que estão ao abandono.
“O cemitério tem problemas há décadas, não é de agora. Já resolvemos os problemas da casa mortuária e da capela e agora das campas e jazigos abandonados. Há um processo geral de intervenção no cemitério mas não há capacidade financeira para fazer tudo num só momento”, explica Alberto Mesquita.
Segundo o autarca, os muros de contenção de terras são uma das maiores preocupações. “Há muitas zonas onde já não estamos a fazer enterramentos junto aos muros e a criar faixas de segurança”, nota.

Campas e jazigos ao abandono
Recentemente, tal como O MIRANTE noticiou, o município lançou um edital onde avisa os familiares de cerca de 322 sepulturas e jazigos, que indiciam estar ao abandono, que têm 60 dias para regularizar a titularidade dos espaços. Caso isso não aconteça, o município vai tomar posse administrativa dos espaços abandonados e respectivos materiais.
O vereador Vítor Cartaxo (CDU) criticou o facto da câmara ter colocado nos espaços em presumível abandono placas onde se lê “abandonado”, situação que terá gerado “protestos de familiares”. Carlos Patrão, vereador do Bloco de Esquerda, também notou ter conhecimento de várias “manifestações de indignação” e criticou a complexidade do processo. “Algumas pessoas que nos abordaram queixam-se da necessidade de fazer uma habilitação de herdeiros que nem sempre é fácil de obter. Acho que mais facilmente se obteria uma solução”, notou.
Já o presidente do município, Alberto Mesquita, diz que o objectivo das placas nunca foi causar melindre aos moradores e que se isso aconteceu pede desculpa. “Se calhar devíamos ter colocado uma informação mais cuidada. A ideia é a pessoa tratar do que é seu. Há jazigos no cemitério em perigo de ruína e temos de tomar decisões. Sei que é uma situação que cria alguma sensibilidade, temos de procurar soluções para as pessoas. Os cemitérios não são nunca questões fáceis de gerir”, reconhece.

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