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“Requiem” pela automotora Unidade Tripla Eléctrica, UTE2001

Decorre um ano sobre o abate da Unidade Tripla Eléctrica, vulgo UTE, da série 2001, o primeiro veículo a ser construído em Portugal nas então oficinas da Sorefame, para o caminho-de-ferro português, na sequência do processo de electrificação então iniciado.
Na altura da desactivação desta série e dado o seu interesse museológico, a então Comissão Executiva Instaladora do Museu Nacional Ferroviário (MNF), que exerceu funções entre 1997 e 2002, solicitou à CP, Comboios de Portugal, a integração daquela UTE no espólio do Museu Nacional Ferroviário, como veio a suceder. Em 2005 é criada a Fundação Museu Nacional Ferroviário, (FMNF), entidade que passa a tutelar toda a gestão e processo de instalação do futuro MNF e é nesta altura que começa a saga deste veículo, peça única e primeira de uma série.
Na incapacidade de lidar com as dimensões do mesmo acaba por ser deslocalizado para os sítios mais incríveis fora do espaço museológico, até o mesmo ser colocado à mercê do vandalismo e da delapidação votando-o a um total estado de abandono e degradação.
A administração da CP, liderada por Manuel Queiró, que cessou funções em 2007, indicia para abate, uma lote de material circulante onde se inclui o veículo em questão.
Tal procedimento gerou uma enorme onde de contestação, a qual foi sobretudo dirigida aos órgãos da tutela e ao então presidente da FMNF, Jaime Ramos, no sentido de se demover a CP de tal atitude, protestos esses que se revelaram infrutíferos. O mesmo, contactado directa e pessoalmente por diversas pessoas envolvidas no apelo, não revelou qualquer sensibilidade no sentido de evitar o abate. Carlos Nogueira, então nomeado para a administração da CP, quando o processo de abate estava prestes a iniciar-se, acabou por ignorar o apelo entretanto redirigido aos mais diversos níveis, inclusive à Secretaria de Estado dos Transportes... e o mesmo foi consumado.
Francisco Lameiras - Alto da Lousa (Castelo Branco)

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