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Paciente de Abrantes acusa médico de a agredir nas urgências do hospital

Paciente de Abrantes acusa médico de a agredir nas urgências do hospital

Queixa foi formalizada no dia seguinte na esquadra da PSP da cidade. Telma Correia estava há seis horas à espera para ser atendida e foi pedir explicações ao clínico, que não gostou de ser “importunado”. Agarrou-a por um braço causando-lhe um hematoma. Hospital abriu inquérito interno.

Telma Correia, moradora no Pego, Abrantes, acusa um médico de serviço nas urgências do Hospital de Abrantes de agressão após ter estado seis horas para ser atendida. O caso passou-se no dia 18 de Setembro. A queixosa deslocou-se às urgências, cerca das 18h00, com fortes dores de garganta e de ouvidos, mas seis horas depois saiu sem ser atendida e com uma grande nódoa negra no braço, que diz ter sido causada pelo médico, que trabalha em regime de prestação de serviços. A situação foi já alvo de inquérito interno.
Na triagem foi-lhe atribuída a pulseira verde, que indica os casos pouco urgentes. Depois de esperar mais de cinco horas sem ser atendida e observando que outros pacientes, também com pulseira verde, estavam a ser atendidos em primeiro lugar, Telma dirigiu-se ao segurança para perceber se ainda faltaria muito tempo para ser chamada. O segurança pediu-lhe que falasse directamente com o médico e indicou-lhe a porta do gabinete. Quando a paciente se dirigiu ao médico este respondeu-lhe violentamente com um “estou a trabalhar e não lhe vou responder”, fechando-lhe a porta com brusquidão. Inconformada, Telma dirigiu-se à secretaria e pediu o livro de reclamações onde expôs o sucedido.
Esperou mais uma hora e, por volta das 23h40, voltou a pedir ao segurança alguma informação sobre o tempo que ainda teria que esperar. Mãe de dois gémeos de sete anos, Telma, de 28 anos, estava preocupada com os filhos que ficaram em casa da avó e que tinham aulas na manhã seguinte.
Com as dores a aumentar a paciente bateu de novo à porta do gabinete e confrontou o médico, tentando perceber porque não atendia ninguém há mais de uma hora. Foi então que o médico lhe agarrou pelo braço e a arrastou até à secretária gritando que estava a trabalhar e não queria ser importunado, só a largando depois do marido de Telma, que a acompanhava, lhe levantar a voz.
Segundo Telma, o médico gritou também com o segurança que permitiu a entrada. A paciente e o marido, com pulseira de acompanhante, voltaram para a sala de espera e chamaram a PSP que chegou em cinco minutos e tomou conta da ocorrência.
No dia seguinte Telma Correia formalizou uma queixa na PSP de Abrantes. A 20 de Setembro dirigiu-se ao Gabinete de Medicina Legal do Hospital de Abrantes para validação, por profissionais de saúde, da lesão no braço.
Telma Correia diz que é lamentável que uma pessoa se dirija ao hospital por não estar bem e acabe por sair maltratada e sem ser atendida. Depois de mais de seis horas de espera, Telma acabou por recorrer à farmácia onde já é conhecida e onde sabem do seu historial clínico de otites.
Ao que O MIRANTE apurou junto do Centro Hospitalar do Médio Tejo, o Hospital de Abrantes abriu um inquérito para averiguar a situação que envolve o médico que actua como prestador de serviços, isto é, não faz parte dos quadros, embora já tenha prestado serviço também no Hospital de Torres Novas.

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