Liliana Silva é Educadora de Infância e tem 31 anos. Desde que se lembra sempre gostou de comer. Em criança os seus pequenos-almoços, feitos pela avó, incluíam ovos mexidos com chouriço e pão caseiro. Ao almoço era normal comer bifes com batatas fritas. Quando foi estudar para o Instituto Politécnico de Santarém, era raro o dia em que não comia hambugueres ou pizzas, a chamada “ fast food”.
Com aquele tipo de alimentação foi crescendo e ganhando peso mas sem dar muita importância ao assunto porque era saudável, era ágil e o actual marido, com quem namorou desde os 14 anos, nunca a fez sentir gorda. “Ele sempre gostou de mim como eu era e nunca me fez sentir gorda por isso nunca tive qualquer problema com isso”, refere.
Quem lhe começou a chamar a atenção para o excesso de peso foi a família. Gostavam dela como era mas receavam as consequências para a saúde daquele excesso de peso. Sensibilizada, começou a fazer dieta mas depois de cada dieta feita com sucesso acabava por engordar e passava a pesar ainda mais do que pesava antes. E foi por isso que decidiu procurar um especialista em cirurgias de redução de estômago.
“Nunca tinha ouvido falar neste tipo de cirurgias, nem sabia o que era. Fui só para descobrir como funcionava a operação. O que me fez avançar com a cirurgia foi o médico dizer-me quais os problemas de saúde que iria ter no futuro e ter acrescentado que eu conseguiria perder cerca de 50 quilos em poucos meses. Foi essa a motivação que me fez investir as minhas poupanças e fazer a operação”, conta a O MIRANTE.
Optou pelo privado uma vez que este tipo de operação tem uma espera de cerca de dois anos no público. Liliana Silva fez a operação em Maio de 2011. Na altura já pesava 138,800 quilos. Após a operação de redução de estômago reduziu para 73 quilos em poucos meses. Voltou a ganhar peso depois de ter sido mãe, há três anos e meio, mas apenas 10 quilos. Os médicos que a acompanham dizem que é uma situação normal.
As vantagens de pesar menos só as descobriu depois de ter sido operada. “Ganhei qualidade de vida. Apesar de nunca me ter sentido mal antes, passei a sentir-me melhor. E musei os meus hábitos alimentares. A equipa médica que me acompanhou foi excepcional e ensinaram-me o que se deve comer no dia-a-dia, o que me ajudou bastante mas o apoio mais importante foi o da minha família”, explica.
Continua a gostar de comer pão mas evita. Como não aguenta muita comida no estômago dá preferência à fruta e aos legumes e desde que a filha nasceu que se preocupa também com o tipo de alimentação da criança.