uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Para combater a obesidade é essencial uma alimentação correcta e exercício físico regular
Fernanda Barra, Clínica Pedro Choy

Para combater a obesidade é essencial uma alimentação correcta e exercício físico regular

Clínica Sentidos, Clínica Pedro Choy e Consultórios Médicos do Jardim explicam como podem ajudar. A obesidade é um problema de saúde. E pode estar na origem de AVC Acidente Vascular Cerebral, hipertensão ou diabetes, por exemplo. A propósito do Dia Mundial do Combate à Obesidade, 11 de Outubro, O MIRANTE falou com representantes de três clínicas da região que tratam pessoas obesas e apesar das diferenças de métodos há duas recomendações comuns. Uma alimentação correcta e a prática regular de exercício físico.

Para Ana Correia, nutricionista na Clínica Sentidos, na Golegã, a obesidade resulta de um balanço energético positivo, isto é, quando a energia ingerida é superior à energia despendida. Quanto aos factores que o originam, diz que são diversos e complexos e que requerem avaliação individual.
Na Clínica Pedro Choy, em Santarém, Fernanda Barra, coordenadora clínica, também realça a importância de uma consulta individual antes de se definir um plano de tratamento e vai dizendo que só há duas formas de emagrecer: estar doente ou fazer um plano alimentar adequado.
Na clínica aplicam-se técnicas de acupunctura aliadas ao plano alimentar. Essas técnicas, defende Fernanda Barra, conseguem aumentar a determinação da pessoa para cumprir o plano, ganhando coragem para deixar velhos hábitos como “ficar sentado em frente à televisão a comer gelado e bolachas”, exemplifica.
Além disso, acrescenta, com a técnica ali usada “consegue-se ainda acelerar o metabolismo, para uma combustão mais rápida de gorduras, controlar a ansiedade e o apetite.
Filomena Castelo, assistente nos Consultórios Médicos do Jardim, em Almeirim, diz que há muitas pessoas que procuram a clínica depois de tentar dietas com medicamentos, em que emagreceram mas voltaram a engordar.
“As nossas soluções têm por base um plano alimentar adaptado a cada paciente, rígido nas primeiras semanas e mais flexível nas seguintes”. O objectivo é fazer uma reeducação alimentar. Definido o plano alimentar, há que pensar num plano de exercício que pode ser tão simples como uma caminhada diária de 30 a 45 minutos”, sublinha.

Ana Correia, Clínica Sentidos

Quando o problema começa na infância
Nos dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde 31,6% das crianças entre os seis e os oito anos de idade têm excesso de peso ou obesidade.
Ana Correia refere que, pela primeira vez na história da humanidade, arriscamo-nos a que a geração vindoura tenha uma esperança média de vida inferior à actual. De acordo com a nutricionista da Clínica Sentidos, “o ritmo de vida acelerado tem provocado alterações nos hábitos alimentares, com muitas famílias a recorrer diariamente a alimentos processados com elevados teores de açúcares refinados, o que tem um grande impacto não só no peso como na saúde em geral”.
Também Fernanda Barra se refere à forma como as crianças se alimentam actualmente. “Abandonou-se o tradicional pão com manteiga, queijo ou fiambre e passou-se ao consumo desenfreado de cereais carregados de açúcar e sal, vendidos aos pais como sendo uma opção saudável”, refere a coordenadora da clínica Pedro Choy.
E é peremptória ao afirmar que o problema da obesidade infantil prende-se com uma má alimentação coadjuvada pelo sedentarismo. “Não se brinca na rua, não se anda de bicicleta, não se vai a pé para a escola, e tudo isto se reflecte no peso”, lembra, acrescentando que “é preciso aumentar e estimular o convívio entre as crianças, com actividades extracurriculares, que ponham os miúdos a mexer”.
No caso da obesidade infantil, Filomena Castelo também culpa a vida ocupada dos pais, situação que obriga as crianças a fica-rem, por exemplo, em casa dos avós que muitas vezes não as conseguem acompanhar em actividades físicas.
Filomena Castelo, dos Consultórios Médicos do Jardim defende que a obesidade não é hereditária. “O que se pode herdar e perpetuar por gerações são os maus hábitos alimentares e estilos de vida propensos ao ganho de peso”, sustenta. Ana Correia, da Clínica Sentidos, diz que, mais importante do que fazer uma dieta é adoptar um estilo de vida saudável, sem abdicar do prazer de comer. Fazer as refeições com calma, sentados e sem distracções, como a televisão, são as dicas de Fernanda Barra, coordenadora da Clínica Pedro Choy, citando um provérbio relativo à forma como devemos alimentar-nos ao longo do dia. “De manhã comer como um rei, à tarde como um príncipe e à noite como um mendigo”.

Filomena Castelo, Consultórios Médicos do Jardim

A obesidade é a pandemia do século XXI

O Ministério da Saúde diz que há quase 5,9 milhões de portugueses com excesso de peso, o que representa mais de metade da população, mas ter excesso de peso e ser obeso são duas coisas diferentes e têm a ver com o grau de acumulação de gordura, medido pelo Índice de Massa Corporal (IMC).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera-se excesso de peso o aumento do peso corporal do indivíduo acima do seu peso normal em 10 a 20%. A obesidade acontece quando o aumento do peso é superior a 20% do seu peso normal. Para a OMS a obesidade é uma doença crónica, com origem em vários factores e que não escolhe sexo ou idades, considerada por vários especialistas como a pandemia do século XXI.

Para combater a obesidade é essencial uma alimentação correcta e exercício físico regular

Mais Notícias

    A carregar...