No último domingo, 7 de Outubro, duas dezenas de fiéis deslocaram-se à capela da localidade de São Romão, concelho de Vila Franca de Xira, para assistirem à celebração da eucaristia, mas ficaram à porta. Não houve missa, o padre não apareceu e as fechaduras das portas foram trocadas. Este foi mais um episódio do conflito que envolve o padre Alfredo Juvandes e a população do lugar.
O litígio começou quando o pároco reclamou as chaves da capela à mulher que cuidava do templo, dizendo que aquele lugar é propriedade da Igreja. As chaves foram-lhe entregues por Leonor Cabaço, na presença da reportagem de O MIRANTE, no domingo, 16 de Setembro, contra a vontade dos populares.
Ao que O MIRANTE conseguiu apurar, o pároco mandou trocar as fechaduras da capela, possivelmente para se assegurar que é o único detentor da chave que abre aquelas portas. Jorge Neto, um dos antigos zeladores da capela, diz a O MIRANTE que a troca só pode ter ocorrido na semana anterior ao primeiro domingo de Outubro, pois há relatos de terem sido vistos movimentos de carros junto à ermida.
As duas dezenas de fiéis que se deslocaram à capela para assistirem à missa do mês dizem-se “chocados “ e “surpreendidos” com a atitude do sacerdote. No final de Setembro, tal como O MIRANTE noticiou na edição de 3 de Outubro, os populares já se questionavam se Alfredo Juvandes iria aparecer para rezar a missa. Houve até quem dissesse que não rezava mais com aquele padre e Mário Lopes atirou que Alfredo Juvandes deixou de “inspirar confiança e doutrina cristã”, tendo gerado conflito e causado desunião entre a comunidade e a Igreja.
Aquele edifício religioso é o único património de interesse turístico e religioso do lugar de São Romão e nunca esteve sob alçada do Patriarcado de Lisboa. A comunidade foi quem sempre cuidou do espaço, tendo efectuado algumas reparações no edifício com dinheiro de donativos.