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Rosa Grilo apresenta versão para sair ilibada de qualquer crime
Rosa Grilo com o marido Luís Grilo numa foto de família - foto DR

Rosa Grilo apresenta versão para sair ilibada de qualquer crime

Mulher de triatleta assassinado imputa a autoria do crime a clientes da empresa. A viúva de Luís Grilo continua a dizer em tribunal que está inocente e já apresentou mais do que uma versão dos acontecimentos.

Rosa Grilo, suspeita de ser coautora do homicídio do marido, o empresário e triatleta Luís Grilo, continua a declarar que está inocente. A última versão contada pela arguida é que ela e o marido foram atacados por clientes angolanos e que terão sido estes homens a matar e a levar o corpo de Luís. Segundo o Correio da Manhã, Rosa explica até que utilizou a arma do seu amante, António Joaquim, para se defender do ataque e que mentiu por medo de represálias.
A versão contada pela viúva parece não ter sido a chave que desvenda o mistério e o tribunal decidiu que Rosa iria cumprir prisão preventiva. Desde 29 de Setembro que a suspeita está no Estabelecimento Prisional de Tires.
Recorde-se que em entrevista, na altura em que foi participado o desaparecimento de Luís Grilo, Rosa Grilo tinha dito que o marido não tinha inimigos e que toda a gente gostava dele.
Apesar da nova versão de Rosa, António Joaquim continua a ser o principal suspeito de ser o autor do disparo na cabeça de Luís Grilo, já que Rosa continua a negar qualquer envolvimento na morte do triatleta. A advogada que inicialmente defendia os amantes, passou agora a defender apenas Rosa Grilo, renunciando à defesa do funcionário judicial.
Não se sabe onde estaria Rosa Grilo na noite de 15 de Julho, quando Luís foi morto no seu quarto, depois de ter sido agredido com um objecto na cabeça e ter levado um tiro. Não havendo provas de que a mulher estivesse em casa no momento do crime e estando a arma registada em nome de António Joaquim, Rosa pode alegar que se limitou a ajudar a libertar-se do cadáver. Neste caso, a mulher pode vir a ser apenas acusada de um dos três crimes de que está indiciada, o de profanação de cadáver e limitar-se a pagar uma multa.
A investigação da Polícia Judiciária prova que no saco que cobria a cabeça de Luís Grilo, encontrado em Alcórrego, concelho de Avis, foram encontrados vestígios de ADN de Rosa Grilo.
O proprietário legal da arma que corresponde ao ferimento mortal que Luís Grilo tinha na cabeça é António Joaquim. A arma foi encontrada na sua residência em Alverca e até agora desconhece-se que o funcionário judicial a tenha entregado a Rosa Grilo, para esta se defender de ameaças dos supostos clientes angolanos.

Investigação aponta para crime passional e financeiro
Com Luís Grilo morto, Rosa Grilo iria receber um seguro de 100 mil euros, ficar com a casa paga ao banco e tornar-se dona da empresa de informática que geria com o marido. Desta forma, Rosa e António, que mantinham uma relação extraconjugal, passariam a ter uma vida desafogada em termos financeiros. O motivo passional e o financeiro fazem parte da tese da PJ para desvendar o mistério da morte do triatleta das Cachoeiras.
Amigos receberam mensagens de Luís Grilo quando este já estava morto
Amigos de Luís Grilo, assassinado a 15 de Julho, nas Cachoeiras receberam mensagens do triatleta enviadas do seu telemóvel. Vítor Cunha, um dos amigos mais próximos de Luís Grilo, disse a O MIRANTE que cerca de duas horas antes do seu desaparecimento trocou mensagens para combinarem um jantar de aniversário de um amigo em comum. Outros amigos foram também contactados, a 16 de Julho e até informados de que o triatleta ia fazer um treino de bicicleta, nessa tarde. Ao que tudo indica, Rosa Grilo terá utilizado o telemóvel do marido para enviar mensagens e dessa forma ludibriar os amigos e as autoridades.
O telemóvel do triatleta foi encontrado, a 18 de Julho, na quarta-feira a seguir ao seu desaparecimento pelas autoridades numa estrada nos Casais de Marmeleira, concelho de Alenquer. Junto ao telemóvel estava a bolsa, com documentos e dinheiro, que Luís Grilo utilizava para colocar os seus pertences quando ia treinar. A descoberta levou amigos e família a pensar que Luís Grilo poderia ter sido atropelado e raptado, naquele mesmo local.

Júlia Grilo pede tutela do sobrinho

A irmã mais velha do triatleta, Júlia Grilo, já pediu a tutela do sobrinho, um menor de 12 anos. O jovem já está a viver com a tia e a receber acompanhamento psicológico, garantiu a O MIRANTE o sobrinho, Ricardo Grilo. O processo de tutela vai ser decidido no Tribunal de Família e Menores, mas até lá o jovem fica a viver com a tia. Ao que O MIRANTE conseguiu apurar, o filho já visitou Rosa Grilo na prisão e acredita na inocência da mãe. Também Júlia Grilo já saiu em defesa da cunhada, dizendo que acreditava que Rosa não tinha morto o seu irmão.

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