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Mário Cantiga demite-se do PCP mas não abandona a junta

Deixem-me dar um abraço solidário ao camarada Mário Cantiga, da Junta de Alhandra, pela sua coragem e determinação em mandar à fava o partido que o criou politicamente e ter a ousadia de pensar pela sua cabeça. Concordo com tudo o que ele diz. Sou comunista e também não me revejo nesta postura que parece reinar na Soeiro Pereira Gomes em Lisboa e, em particular, em Vila Franca de Xira. Nunca me filiei no PCP e a cada ano que passa mais convicto fico que fiz bem. Na minha cabeça e nas minhas opiniões mando eu!
Às tantas até estarei errado e se assim for peço desculpa. Basta ser um cidadão atento, ir às assembleias municipais e ouvir os documentos que são apresentados pela bancada desse partido para perceber que algo não vai bem nos nossos eleitos locais. Moções em defesa da Palestina? Da Venezuela? Da Coreia do Norte? São claramente documentos que não saem da concelhia mas do topo. Basta ouvir as ideias semelhantes, o discurso unânime, não parece haver diálogo fora da caixa.
Isso é uma pena, todos nós perdemos. E do PCP até fiquei impressionado pela positiva quando serviu de suporte ao actual governo, foi um dos momentos da história em que aplaudi a iniciativa desse partido. Do que sei, o Mário Cantiga foi um senhor na forma como tratou esta questão da CGD e o PCP até teria ganho mais se tomasse as suas dores e não tivesse assumido uma postura de confronto que, pelos vistos, o Cantiga já vinha incomodando há algum tempo. Assim parece-me que perdeu mais o partido que o Cantiga.
Alfredo Ribeiro Cunha

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