Em Espanha há um provérbio popular que diz: “No creo en brujas, pero que las hay, las hay”. O MIRANTE, ao longo dos anos, visitou alguns ‘bruxos’ nomeadamente para fazer previsões para o ano que está por vir e teve diversas experiências. Há quem preveja o futuro através de um prato de pirex com água e algumas rezas; há outros que o fazem com cartas de tarot ou nas linhas das mãos. São muitas as pessoas com curiosidade em descobrir o que o futuro lhes reserva e, sobretudo nos momentos de maiores dificuldades e problemas, é quando tentam saber o que está por vir para tentar acalmar as incertezas da vida.
Também existem os clientes que procuram quem leia o futuro nos búzios, uma tradição brasileira, com origens em África. Na região do Ribatejo há alguns ‘bruxos’ afamados com clientes de vários pontos do país, que preferem vir a terras distantes das suas para não serem reconhecidos pelos vizinhos.
No entanto, não é preciso recorrer a bruxos e videntes para descobrir alguns rituais de bruxaria. Basta navegar pela internet para nos tornarmos bruxos ou curandeiros por conta própria. Nas aldeias pequenas não é difícil encontrar pessoas com dons adivinhatórios a quem os vizinhos recorrem para pedir ajuda. Telefonam para que rezem por elas ou pelos seus familiares; ou pedem conselhos para tomarem decisões nas suas vidas. Mesmo que essa adivinhação não passe de um mero conselho.

Dia das Bruxas tem conquistado cada vez mais adeptos

O Halloween, que se celebra a 31 de Outubro, tem conquistado cada vez mais adeptos em Portugal. Em algumas localidades da região do Ribatejo já se celebra o Dia das Bruxas com quase tanto entusiasmo como nos EUA, onde é a segunda comemoração com mais adesão, a seguir ao Natal.
A história desta noite tem origem celta, há cerca de dois mil anos. De 30 de Outubro a 2 de Novembro os povos celtas comemoravam o fim do Verão numa celebração chamada Stamhain. Diz a lenda que na noite de 30 de Outubro os mortos voltavam a povoar a terra e personificavam a figura do fantasma. O objectivo era que os familiares dos mortos deixassem à porta de casa comida e bebida para a recepção dos espíritos. Numa noite em que os que se atreviam só saíam de casa se estivessem mascarados de fantasma para conseguir passar despercebidos entre eles.
Mais tarde, a Igreja Católica substituiu o Stamhain pelo Dia de Todos os Santos, a 1 de Novembro. E a noite de dia 31 tornou-se no “All Hallows Eve”, ou seja, noite de todos os santos. A tradição viajou do norte da Europa para a América do Norte.