Os mercados municipais não têm de concorrer directamente com as grandes superfícies, pois vão muito para além da sua faceta comercial. Essa é a conclusão do vereador da Câmara de Rio Maior com o pelouro dos mercados, Miguel Santos, expressa durante a inauguração da remodelação do mercado municipal da cidade. A cerimónia decorreu durante as comemorações dos 182 anos da elevação de Rio Maior a concelho.
Segundo o autarca, estes espaços, mais do que venderem produtos com melhor qualidade do que os vendidos nas grandes superfícies, também fazem parte da cultura e das vivências de uma comunidade. É por isso que, adianta, “quisemos dar a este mercado municipal uma cara mais jovem, tornando-o, a partir de hoje, um mercado municipal que alia boa qualidade dos produtos e cultura”, apostando em peças escultóricas alusivas a animais feitas na Fábrica de Faíanças Artísticas Bordallo Pinheiro, em Caldas da Rainha.
E porque o espaço tem perdido vendedores e clientes ao longo dos anos, Miguel Santos aproveitou para apelar a todos, sobretudo aos autarcas, que façam as suas compras no mercado municipal de Rio Maior. “É que nós, sendo a voz do nosso povo, temos de ser os primeiros a incentivar a economia local e adquirirmos os produtos dos nossos vendedores”, afirma o vereador do município.
Já a presidente do município, Isaura Morais, confessou que o mercado municipal de Rio Maior confessou que o recinto está agora “mais mimoso e apelativo” e por isso, “com certeza vai atrair mais vendedores e clientes”.
O mercado municipal de Rio Maior foi inaugurado a 4 de Abril de 1988 e situa-se na rua Dr. Francisco Barbosa. Entretanto, o espaço foi sujeito a obras e inaugurado em Março de 2012. Na altura, as intervenções passaram pela bancas de venda que foram transferidas do primeiro andar para o rés-do-chão.
A empreitada agora concluída incluiu a construção de duas lojas, logo na entrada do edifício, bem como um espaço amplo em todo o primeiro andar, apto a receber diversas actividades, cujo acesso não ficará condicionado pelo horário de funcionamento do mercado. A fachada principal do edifício foi também alvo de remodelação para melhorar a sua imagem e introduzido um elevador para permitir o acesso ao primeiro andar.
Actualmente, no rés-do-chão estão as bancas para peixe, talho e expositores de frescos, câmaras frigoríficas e instalações sanitárias. No primeiro andar encontra-se um espaço comercial polivalente com possibilidade de abrir uma loja de conveniência.