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Antiga actividade de exploração de areias na origem de corte de estrada em Rio Maior
O corte do nó de Rio Maior vai sobrecarregar novamente de trânsito a principal rua de Asseiceira, nos arredores da cidade

Antiga actividade de exploração de areias na origem de corte de estrada em Rio Maior

Razões de segurança obrigam a repetir medida drástica já registada em 2016. Situação de risco resulta da actividade de extracção de areia, entretanto suspensa.

A empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP) decidiu cortar novamente a circulação rodoviária no nó de Rio Maior do IC2 por terem sido “identificados sinais de instabilidade num talude localizado junto ao ramal de ligação àquele itinerário complementar”. O objetivo dessa medida foi “acautelar a segurança dos utilizadores do IC2”. Como alternativa, o acesso à cidade de Rio Maior, a partir do IC2, pode ser efectuado pelo nó de Asseiceira, para quem vem de sul, e pelo nó do Alto da Serra, para quem vem de norte.
“Esta decisão decorre do processo de monitorização que a IP tem vindo a realizar neste local do IC2, onde existe um talude decorrente de uma exploração de areia, na proximidade do ramo, e cujas condições de estabilidade se deterioraram devido às condições climatéricas adversas que foram sentidas recentemente”, lê-se em comunicado emitido pela IP.

Intervenção no início de 2019, diz a IP
A presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais (PSD), diz que foi informada pela IP dessa decisão no dia 4 de Dezembro, véspera do corte da via, após a autarquia ter contactado a empresa para saber se o talude tinha sido monitorizado nos últimos tempos, se oferecia perigo e, em caso afirmativo, que medidas tinha a IP tomado.
A autarca revelou ainda que a IP avançou com um projecto para estabilização do talude mas o concurso para realização da obra ainda não foi lançado. “Julgo que prevêem lançá-lo em 2019, mas não tenho a certeza”, disse a O MIRANTE. Isaura Morais lamenta a situação, que vai sobrecarregar de trânsito mais uma vez o antigo troço da EN1 em Asseiceira, com os consequentes transtornos para a população local, e alertou ainda para o “estado lamentável” em que se encontra todo o IC2.
Em resposta à agência Lusa, a IP afirmou que “está programada a execução de uma intervenção já no início de 2019” e que o projecto de execução desenvolvido “revestiu-se de maior complexidade, requerendo a necessidade de se efectuar estudos geotécnicos e de prospecção específicos de acompanhamento, tendo em vista a concepção de uma solução definitiva”. A empresa adianta que “irá manter a monitorização desta situação, sendo que a reposição da circulação apenas irá ocorrer se forem verificadas boas condições de segurança”.
Repete-se a história de 2016
O nó de Rio Maior do IC2 já tinha estado fechado durante algum tempo em 2016 devido a razões semelhantes. Como O MIRANTE referiu na altura, a instabilidade no talude causada pela escavação do solo arenoso nessa zona, nos arredores de Rio Maior, pôs em risco a segurança da circulação na via que liga o IC2 à antiga EN1, mas os eventuais danos resultantes da extracção de inertes já vinham causando apreensão há algum tempo. A extracção de areias, entretanto cessada, era explorada por um empresário de fora do concelho que já tinha sido objecto de coimas por parte da Câmara de Rio Maior, mas a autarquia não tinha poder para mandar cessar a actividade. Na altura, a Infraestruturas de Portugal explicou que se tratava de “um talude criado por uma exploração de areia, na proximidade do ramo, no qual se tem tem vindo a verificar desprendimentos de solos ao longo do tempo fazendo aproximar a crista do talude da faixa de rodagem”.

Antiga actividade de exploração de areias na origem de corte de estrada em Rio Maior

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