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Azambuja não quer esperar por canil intermunicipal e recupera antigo projecto

Presidente da câmara critica indefinição e sucessivos atrasos no processo. Sem espaço para acolher mais animais errantes, o município de Azambuja vai reactivar um antigo projecto para a construção do seu próprio canil junto ao Estabelecimento Prisional de Alcoentre.

A construção de um canil intermunicipal da Lezíria do Tejo é um projecto antigo que anda a saltar de município para município. Santarém foi inicialmente o local escolhido pela Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), dona da obra, para a construção do equipamento para 400 animais. A Chamusca foi a hipótese seguinte mas o terreno disponibilizado pelo município não oferecia condições e o equipamento vai mesmo para Santarém. Com um canil para acolher apenas 12 animais, o presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa (PS) diz não ter condições para poder esperar pela construção do novo canil intermunicipal que anda há anos para sair do papel e vai avançar com a sua própria solução.
O autarca adiantou, à margem da última reunião de câmara, que recuperaram o antigo projecto para a construção de um canil municipal e que tem intenção de o levar avante no corrente mandato. A
O MIRANTE, Luís de Sousa adiantou que o equipamento vai ser construído na freguesia de Alcoentre, em terreno cedido pelo Estabelecimento Prisional de Alcoentre.
“O projecto para o canil de Azambuja começou a ser desenhado no ano de 2000 e chegou a ser redigido o protocolo de cooperação entre a autarquia e os serviços prisionais. Só não se concretizou porque nesse ano a câmara se encontrava em situação financeira desadequada para conseguir suportar os custos da obra”, referiu Luís de Sousa.
O autarca diz-se “entusiasmado” para avançar com esse projecto e espera reunir em breve com a direcção do estabelecimento prisional. “O nosso actual espaço, ao qual nem se pode chamar canil, tem capacidade para acolher apenas uma dúzia de animais e é manifestamente insuficiente para as necessidades deste concelho. Tivemos de estabelecer um protocolo com a Abrigo (Associação de Protecção à Fauna e à Flora), na freguesia de Vale do Paraíso, para nos ceder espaço para acolher os animais que recolhemos das ruas. Mensalmente são doados dois mil euros a essa associação para cuidar dos animais”, explica o autarca.
Santarém, para onde estava inicialmente prevista a localização do equipamento, conseguiu desbloquear a operação de destaque que impedia a utilização de um terreno situado na zona industrial da cidade, para ampliação do actual canil, mas ainda não há datas para o arranque da empreitada. O financiamento vai ser assumido inicialmente pela CIMLT, para depois se repercutir nas câmaras, que vão ressarcir a comunidade intermunicipal na proporção relativa à dimensão de cada município. A parte de Santarém é satisfeita com a cedência do terreno.
“O projecto é bom, mas depois de em todas as reuniões da CIMLT andar a questionar sobre a situação do canil, sem que nada em concreto fosse dito, deduzo que tão depressa não vai ser uma realidade”, conclui Luís de Sousa.

Prazo até 2020 para construção de canis municipais

Desde Outubro que as câmaras municipais estão proibidas de abater animais errantes e têm ainda que cumprir a lei da recolha de animais em canis e gatis municipais. O Governo estabeleceu um prazo de dois anos para as câmaras construírem ou ampliarem os seus canis municipais. A medida foi contestada pela Associação Nacional de Municípios Portugueses, que pede mais tempo para as câmaras se adaptarem à nova lei.

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