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Prédio em ruínas gera preocupação no centro histórico de Santarém
José Silva e Carlos Alberto junto às ruínas, no centro histórico de Santarém

Prédio em ruínas gera preocupação no centro histórico de Santarém

Câmara prepara-se para acção coerciva por não ter resposta do proprietário.

Um prédio que ruiu, no coração do centro histórico de Santarém, em 2015, está a causar alarme à vizinhança que vive paredes meias com os escombros na Rua Dr. Mendes Pedroso, perto da Igreja de São Nicolau. O risco de nova derrocada é iminente. A Câmara Municipal de Santarém está a acompanhar o caso desde o início e a “analisar a possibilidade de uma acção coerciva”, com vista à resolução da situação, “após várias tentativas frustradas” de obter uma resposta junto do proprietário, disse fonte do Gabinete da Presidência.
Os donos das casas contíguas tinham uma reunião marcada com um técnico da autarquia e com o proprietário do prédio que se encontra em ruínas durante o mês de Novembro. No entanto, segundo José Silva, o proprietário do imóvel contactou a autarquia e a reunião não aconteceu.
O prédio, em visível deterioração, fica no número 15 da Rua Dr. Mendes Pedroso. O proprietário do terreno nunca tomou quaisquer medidas para limpar o local. Nem tão pouco aparece para dar satisfações aos vizinhos.
Imediatamente à esquerda das ruínas, encontra-se o Centro Coordenador de Catequese de Santarém (Casa Paroquial de São Nicolau), local onde cerca de 200 crianças se deslocam para a catequese e outras actividades.

Vizinhos temem uma desgraça
À direita está outro prédio de três pisos, com espaços com comércio e habitação. O último piso pertence ao Lar de Santo António e está totalmente habitado. Todo o prédio foi alvo de uma recuperação por parte dos três proprietários, mas está a sofrer consequências com o desleixo do terreno vizinho. O tempo chuvoso não ajuda. “As nossas casas estão a degradar-se e em risco de ruir também, pois já chove lá dentro”, contou José Silva, proprietário do 1º andar do prédio lateral, a O MIRANTE. Os proprietários das casas adjacentes temem uma “desgraça”.
“Eu quero fazer um seguro para o meu imóvel e nenhuma seguradora o faz, porque é um imóvel velho e estar ao lado destes escombros também não ajuda. É o que me dizem quando venho aqui com os peritos”, referiu ainda José Silva.
Noémia Guedes, proprietária do estabelecimento de costura, já teve prejuízos. Chove dentro da sua loja e a humidade é muita. Os tecidos são a sua matéria prima e houve alguns que ficaram irrecuperáveis. “Esta situação nunca me tinha acontecido. Estou aqui há muitos anos, a casa é velha, mas só começou a chover cá dentro desde que o prédio do lado ruiu”, conta.
Carlos Alberto é proprietário do rés-do-chão do prédio e partilha a mesma opinião. Querem “obras feitas com urgência, porque isto está um perigo”, diz. “Se morre aqui alguém é uma tragédia e apurar responsabilidades, depois do mal ter acontecido, é um pormenor. Queremos é evitar um mal maior”, sublinhou.

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