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Caso dos jogadores ilegais no Coruchense segue para julgamento
Dionísio Mendes

Caso dos jogadores ilegais no Coruchense segue para julgamento

Ex-presidente e ex-tesoureiro da Câmara de Coruche são os principais arguidos.

A juíza de instrução criminal de Santarém decidiu na tarde de sexta-feira, 14 de Dezembro, manter a acusação do Ministério Público no caso dos jogadores estrangeiros ilegais no Coruchense, em Coruche. Apesar de pequenas diferenças em relação a alguns factos da acusação, os arguidos foram pronunciados pelo crime de angariação de mão-de-obra ilegal. A juíza concluiu que apesar de os arguidos o negarem, os estrangeiros foram colocados numa situação de “extrema vulnerabilidade”.
O processo foi enviado para o Tribunal de Coruche, onde vai ser julgado, sentando-se no banco dos arguidos o ex-presidente da Câmara de Coruche e actual presidente do clube, Dionísio Mendes, principal arguido no processo por ser o que mais estrangeiros acolheu, e o tesoureiro da autarquia e do Coruchense, Carlos Neves, outra figura principal da acusação. Vão ainda ser julgados o ex-presidente do Grupo Desportivo “O Coruchense”, Ricardo Santos. No processo estão ainda acusados dois empresários que angariavam os jogadores.
A investigação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) concluiu que o clube era uma plataforma para a introdução de jogadores estrangeiros em Portugal. O Ministério Público confirmou a situação e deduziu a acusação. As duas figuras chave no caso, Dionísio Mendes e Carlos Neves, pediram a instrução do processo, na tentativa de fazerem cair a acusação e livrarem-se do julgamento. Mas a juíza decidiu pronunciá-los.
Segundo a investigação, a situação começou no mandato de Ricardo Santos à frente do clube, que terminou em Julho de 2015, e intensificou-se quando Dionísio Mendes, acabado de sair da câmara, assumiu a presidência do Coruchense. Carlos Neves, tesoureiro da câmara e do clube era, segundo o SEF, a pessoa que tinha autonomia financeira para gerir o clube e era quem tratava da vinda dos estrangeiros. O SEF de Santarém, diz taxativamente que o Coruchense foi usado de forma reiterada para introduzir no mercado de trabalho em Portugal estrangeiros que não tinham autorização de residência nem visto adequado.
O crime de angariação de mão-de-obra ilegal de forma reiterada é punido com prisão entre dois e cinco anos.

Caso dos jogadores ilegais no Coruchense segue para julgamento

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